{"title":"君主政体末期葡萄牙报纸上的广告:新闻自由之前的职业社团主义和广告","authors":"Manuel Romero Higes","doi":"10.14195/1647-8622_16_7","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo analisa-se a repressão contra a imprensa periódica portuguesa (os jornais), na fase final da monarquia, afrente da importância dos anúncios no desenvolvimento dos jornais, cujas receitas de publicidade tornam possível a redução no preço da cópia, e desta maneira facilitavam o acesso da imprensa periódica às classes populares. Este cenário favoreceu que muitos dos novos jornais de circulação surgiram, apesar da perseguição da imprensa livre e que mesmo na primeira década do século XX, quando aconteceu o final da Monarquia Portuguesa —e com ela o final da repressão— é quando há uma produção de mais de 3.200 periódicos em Portugal. No entanto, a ascensão dos meios de comunicação social em Portugal, no início do século XX, não pode ser analisada sem ter conta a inserção dos anúncios, que permite a redução dos preços dos jornais e a expansão social a seguir. Além disso, os avanços técnicos na impressão também se refletem na publicidade, os quais são mais atraentes para os anunciantes e os leitores, dando-se nesta fase, uma idade de ouro da publicidade na imprensa, que logra isolar-se da repressão e mesmo desenvolver-se na Primeira República.","PeriodicalId":33971,"journal":{"name":"Estudos do Seculo XX","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2016-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"A Publicidade nos jornais portugueses no final da Monarquia: corporativismo profissional e publicidade perante a liberdade da imprensa\",\"authors\":\"Manuel Romero Higes\",\"doi\":\"10.14195/1647-8622_16_7\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Neste artigo analisa-se a repressão contra a imprensa periódica portuguesa (os jornais), na fase final da monarquia, afrente da importância dos anúncios no desenvolvimento dos jornais, cujas receitas de publicidade tornam possível a redução no preço da cópia, e desta maneira facilitavam o acesso da imprensa periódica às classes populares. Este cenário favoreceu que muitos dos novos jornais de circulação surgiram, apesar da perseguição da imprensa livre e que mesmo na primeira década do século XX, quando aconteceu o final da Monarquia Portuguesa —e com ela o final da repressão— é quando há uma produção de mais de 3.200 periódicos em Portugal. No entanto, a ascensão dos meios de comunicação social em Portugal, no início do século XX, não pode ser analisada sem ter conta a inserção dos anúncios, que permite a redução dos preços dos jornais e a expansão social a seguir. Além disso, os avanços técnicos na impressão também se refletem na publicidade, os quais são mais atraentes para os anunciantes e os leitores, dando-se nesta fase, uma idade de ouro da publicidade na imprensa, que logra isolar-se da repressão e mesmo desenvolver-se na Primeira República.\",\"PeriodicalId\":33971,\"journal\":{\"name\":\"Estudos do Seculo XX\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2016-12-07\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"1\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Estudos do Seculo XX\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.14195/1647-8622_16_7\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Estudos do Seculo XX","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14195/1647-8622_16_7","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A Publicidade nos jornais portugueses no final da Monarquia: corporativismo profissional e publicidade perante a liberdade da imprensa
Neste artigo analisa-se a repressão contra a imprensa periódica portuguesa (os jornais), na fase final da monarquia, afrente da importância dos anúncios no desenvolvimento dos jornais, cujas receitas de publicidade tornam possível a redução no preço da cópia, e desta maneira facilitavam o acesso da imprensa periódica às classes populares. Este cenário favoreceu que muitos dos novos jornais de circulação surgiram, apesar da perseguição da imprensa livre e que mesmo na primeira década do século XX, quando aconteceu o final da Monarquia Portuguesa —e com ela o final da repressão— é quando há uma produção de mais de 3.200 periódicos em Portugal. No entanto, a ascensão dos meios de comunicação social em Portugal, no início do século XX, não pode ser analisada sem ter conta a inserção dos anúncios, que permite a redução dos preços dos jornais e a expansão social a seguir. Além disso, os avanços técnicos na impressão também se refletem na publicidade, os quais são mais atraentes para os anunciantes e os leitores, dando-se nesta fase, uma idade de ouro da publicidade na imprensa, que logra isolar-se da repressão e mesmo desenvolver-se na Primeira República.