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O Brasil concretizou suas relações com o Suriname no início dos anos 1970, fruto da expansão da política externa brasileira naquela fase do regime militar. Relação que aumentou seu grau de importância a partir de 1975, com a separação política do Suriname frente à Holanda e com o golpe militar de 1980, que suscitaram na diplomacia brasileira o papel chave de barganhar ajuda econômica e política em troca do afastamento surinamês do ideário socialista e da presença de Cuba. Neste artigo, analisam-se os despachos, recém-disponibilizados para consulta, que os ministros das relações exteriores apresentaram aos respectivos generais presidentes, com o objetivo de refletir sobre a presença brasileira nos anos decisivos da história surinamesa. A hipótese é a de que, para além do contexto do governo instaurado em fevereiro de 1980, o Brasil desempenhou anteriormente e seguiu desempenhando posteriormente o papel de fiador e legitimador do Estado surinamês.