Lucas Lima Ferreira, Anna Carolina Macedo Sousa, Lilian Cristina Ascencio Sanchez
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Os pacientes foram divididos em dois grupos, de acordo com a duração da VM: o grupo VMP e o grupo sem VMP. RESULTADOS: Foram incluídos 212 pacientes. O diagnóstico mais prevalente no grupo VMP foi a ressecção de tumor cerebral (27,5%) e no grupo sem VMP foi o traumatismo cranioencefálico (18%). Verificou-se que 10% desses evoluíram para VMP, houve prevalência do sexo masculino em ambos os grupos. O grupo VMP apresentou escore SAPS III significativamente maior (p=0,003) que o grupo sem VMP. O grupo VMP permaneceu tempo, em dias, significativamente maior (p<0,0001) em VM e em internação na UTI que o grupo sem VMP. Não houve diferença significativa (p=1,00) no desfecho alta ou óbito da UTI entre os grupos com e sem VMP. CONCLUSÃO: O grupo de pacientes sob VMP esteve mais tempo em suporte ventilatório invasivo e permaneceu mais tempo internado na UTI que o grupo sem VMP. 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Desfechos clínicos de pacientes neurológicos com e sem ventilação mecânica prolongada
INTRODUÇÃO: Pacientes com doenças neurológicas sob ventilação mecânica (VM) apresentam maior risco de VM prolongada (VMP) devido ao rebaixamento do nível de consciência, padrões respiratórios anormais e incapacidade de proteção de vias aéreas causados pela lesão neurológica. OBJETIVO: Comparar desfechos clínicos de pacientes neurológicos com ou sem VMP. MATERIAIS E MÉTODOS: Tratou-se de um estudo observacional documental retrospectivo, realizado na UTI neurológica de um hospital escola. Foram coletados: idade, sexo, patologia que motivou a internação, presença de comorbidades, valor do simplified acute physiology score (SAPS III), incidência de VMP, tempo de permanência em VM, tempo de permanência na UTI e desfecho alta ou óbito na unidade. Os pacientes foram divididos em dois grupos, de acordo com a duração da VM: o grupo VMP e o grupo sem VMP. RESULTADOS: Foram incluídos 212 pacientes. O diagnóstico mais prevalente no grupo VMP foi a ressecção de tumor cerebral (27,5%) e no grupo sem VMP foi o traumatismo cranioencefálico (18%). Verificou-se que 10% desses evoluíram para VMP, houve prevalência do sexo masculino em ambos os grupos. O grupo VMP apresentou escore SAPS III significativamente maior (p=0,003) que o grupo sem VMP. O grupo VMP permaneceu tempo, em dias, significativamente maior (p<0,0001) em VM e em internação na UTI que o grupo sem VMP. Não houve diferença significativa (p=1,00) no desfecho alta ou óbito da UTI entre os grupos com e sem VMP. CONCLUSÃO: O grupo de pacientes sob VMP esteve mais tempo em suporte ventilatório invasivo e permaneceu mais tempo internado na UTI que o grupo sem VMP. Não houve diferenças estatísticas no desfecho mortalidade na UTI.