K. M. L. Niels, Rita de Cássia Mendonça Sales, Gabriela Moysés Pereira, Fernanda Tonholi Sasso Curanishi
{"title":"紧急远程教学:母亲和母亲教师视角下的困难","authors":"K. M. L. Niels, Rita de Cássia Mendonça Sales, Gabriela Moysés Pereira, Fernanda Tonholi Sasso Curanishi","doi":"10.18675/1981-8106.v32.n.65.s15627","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A pandemia provocada pela covid-19 em 2020 provocou intensas mudanças no cenário social. Uma das áreas mais afetadas foi a educação, em especial a educação básica, que, sem preparo, foi da modalidade presencial à remota. Para entender como as dificuldades enfrentadas são distintamente percebidas pelas mães, mães-professoras e seus filhos durante o ensino remoto emergencial (ERE), empreendeu-se uma pesquisa de opinião, entre os meses de junho e julho de 2020, com 395 mulheres brasileiras cujos filhos estão em idade escolar, a fim de entender os impactos do início do ERE para esse grupo. Evidentemente, diferenciamos dentre as mães que compõem a amostra aquelas que exercem a docência, as quais denominamos “mães-professoras”, a fim de pontuar as diferenças entre o que cada uma dessas realidades sofreu com a experiência do ERE. Os resultados demonstram que com a prática do ensino remoto as mães tiveram que se desdobrar para auxiliar os filhos nas atividades escolares, o que provocou grande exaustão física, mental e emocional, sobretudo para as mulheres que têm mais de um filho, que trabalham fora ou que exercem o magistério. Ainda, a faixa etária dos discentes revela crianças e adolescentes entre 2 e 13 anos, que, sem preparação prévia, deixaram subitamente os espaços escolares aos quais pertenciam e tiveram que continuar as aulas de forma remota. Conclui-se que, embora não haja culpados, o processo de ensino-aprendizagem ao longo de 2020 deixou de ser um todo para tornar-se algo fragmentado, por vezes sem rumo certo, cujas consequências para os sujeitos envolvidos ainda não são claras.","PeriodicalId":31214,"journal":{"name":"Educacao Teoria e Pratica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"Ensino remoto emergencial: as dificuldades na perspectiva de mães e mães-professoras\",\"authors\":\"K. M. L. Niels, Rita de Cássia Mendonça Sales, Gabriela Moysés Pereira, Fernanda Tonholi Sasso Curanishi\",\"doi\":\"10.18675/1981-8106.v32.n.65.s15627\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A pandemia provocada pela covid-19 em 2020 provocou intensas mudanças no cenário social. Uma das áreas mais afetadas foi a educação, em especial a educação básica, que, sem preparo, foi da modalidade presencial à remota. Para entender como as dificuldades enfrentadas são distintamente percebidas pelas mães, mães-professoras e seus filhos durante o ensino remoto emergencial (ERE), empreendeu-se uma pesquisa de opinião, entre os meses de junho e julho de 2020, com 395 mulheres brasileiras cujos filhos estão em idade escolar, a fim de entender os impactos do início do ERE para esse grupo. Evidentemente, diferenciamos dentre as mães que compõem a amostra aquelas que exercem a docência, as quais denominamos “mães-professoras”, a fim de pontuar as diferenças entre o que cada uma dessas realidades sofreu com a experiência do ERE. Os resultados demonstram que com a prática do ensino remoto as mães tiveram que se desdobrar para auxiliar os filhos nas atividades escolares, o que provocou grande exaustão física, mental e emocional, sobretudo para as mulheres que têm mais de um filho, que trabalham fora ou que exercem o magistério. Ainda, a faixa etária dos discentes revela crianças e adolescentes entre 2 e 13 anos, que, sem preparação prévia, deixaram subitamente os espaços escolares aos quais pertenciam e tiveram que continuar as aulas de forma remota. Conclui-se que, embora não haja culpados, o processo de ensino-aprendizagem ao longo de 2020 deixou de ser um todo para tornar-se algo fragmentado, por vezes sem rumo certo, cujas consequências para os sujeitos envolvidos ainda não são claras.\",\"PeriodicalId\":31214,\"journal\":{\"name\":\"Educacao Teoria e Pratica\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-04-04\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"1\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Educacao Teoria e Pratica\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.18675/1981-8106.v32.n.65.s15627\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Educacao Teoria e Pratica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18675/1981-8106.v32.n.65.s15627","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Ensino remoto emergencial: as dificuldades na perspectiva de mães e mães-professoras
A pandemia provocada pela covid-19 em 2020 provocou intensas mudanças no cenário social. Uma das áreas mais afetadas foi a educação, em especial a educação básica, que, sem preparo, foi da modalidade presencial à remota. Para entender como as dificuldades enfrentadas são distintamente percebidas pelas mães, mães-professoras e seus filhos durante o ensino remoto emergencial (ERE), empreendeu-se uma pesquisa de opinião, entre os meses de junho e julho de 2020, com 395 mulheres brasileiras cujos filhos estão em idade escolar, a fim de entender os impactos do início do ERE para esse grupo. Evidentemente, diferenciamos dentre as mães que compõem a amostra aquelas que exercem a docência, as quais denominamos “mães-professoras”, a fim de pontuar as diferenças entre o que cada uma dessas realidades sofreu com a experiência do ERE. Os resultados demonstram que com a prática do ensino remoto as mães tiveram que se desdobrar para auxiliar os filhos nas atividades escolares, o que provocou grande exaustão física, mental e emocional, sobretudo para as mulheres que têm mais de um filho, que trabalham fora ou que exercem o magistério. Ainda, a faixa etária dos discentes revela crianças e adolescentes entre 2 e 13 anos, que, sem preparação prévia, deixaram subitamente os espaços escolares aos quais pertenciam e tiveram que continuar as aulas de forma remota. Conclui-se que, embora não haja culpados, o processo de ensino-aprendizagem ao longo de 2020 deixou de ser um todo para tornar-se algo fragmentado, por vezes sem rumo certo, cujas consequências para os sujeitos envolvidos ainda não são claras.