I. Silva, Bruna Camargos Avelino, Eduardo Mendes Nascimento
{"title":"一般和负责任的学术环境:教师和学者对女性旅行的看法","authors":"I. Silva, Bruna Camargos Avelino, Eduardo Mendes Nascimento","doi":"10.18028/rgfc.v11i1.8992","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este estudo teve como objetivo comparar as percepções de discentes e de docentes sobre a discriminação de gênero no ambiente acadêmico contábil. A amostra analisada foi composta por 314 respondentes que preencheram um questionário eletrônico, entre estudantes e docentes de programas de pós-graduação stricto sensu em Contabilidade de Instituições de Ensino públicas do Brasil. Recepcionou-se, ainda, 206 respostas para um campo aberto do questionário, em que cerca de 70% das(os) respondentes apontaram que não presenciaram casos de discriminação de gênero durante a trajetória acadêmica. Alguns relatos, no entanto, retomaram aspectos como: ausência de mulheres em cargos de gestão dentro das universidades; agressividade no trato voltado às mulheres acadêmicas; comentários sexistas como “brincadeiras” e discriminação quanto à orientação sexual. Foi possível perceber a naturalização da desigualdade de gênero e o modo como isto afeta as mulheres e os homens que se fazem alheios ao problema, pois muitos discursos notadamente demonstraram a naturalização destas desigualdades e de seus efeitos danosos. Espera-se, com este estudo, contribuir com a área ao fornecer material para se pensar em políticas dentro das universidades, estimular diálogos sobre a temática, que ainda é pouco tratada na literatura contábil, além de estimular novas pesquisas para que seus achados atuem como ferramentas de mudança social.","PeriodicalId":29893,"journal":{"name":"Revista de Gestao Financas e Contabilidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-11-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"GÊNERO E O AMBIENTE ACADÊMICO CONTÁBIL: PERCEPÇÕES DE DOCENTES E DE DISCENTES SOBRE A TRAJETÓRIA DAS MULHERES\",\"authors\":\"I. Silva, Bruna Camargos Avelino, Eduardo Mendes Nascimento\",\"doi\":\"10.18028/rgfc.v11i1.8992\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este estudo teve como objetivo comparar as percepções de discentes e de docentes sobre a discriminação de gênero no ambiente acadêmico contábil. A amostra analisada foi composta por 314 respondentes que preencheram um questionário eletrônico, entre estudantes e docentes de programas de pós-graduação stricto sensu em Contabilidade de Instituições de Ensino públicas do Brasil. Recepcionou-se, ainda, 206 respostas para um campo aberto do questionário, em que cerca de 70% das(os) respondentes apontaram que não presenciaram casos de discriminação de gênero durante a trajetória acadêmica. Alguns relatos, no entanto, retomaram aspectos como: ausência de mulheres em cargos de gestão dentro das universidades; agressividade no trato voltado às mulheres acadêmicas; comentários sexistas como “brincadeiras” e discriminação quanto à orientação sexual. Foi possível perceber a naturalização da desigualdade de gênero e o modo como isto afeta as mulheres e os homens que se fazem alheios ao problema, pois muitos discursos notadamente demonstraram a naturalização destas desigualdades e de seus efeitos danosos. Espera-se, com este estudo, contribuir com a área ao fornecer material para se pensar em políticas dentro das universidades, estimular diálogos sobre a temática, que ainda é pouco tratada na literatura contábil, além de estimular novas pesquisas para que seus achados atuem como ferramentas de mudança social.\",\"PeriodicalId\":29893,\"journal\":{\"name\":\"Revista de Gestao Financas e Contabilidade\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2021-11-16\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista de Gestao Financas e Contabilidade\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.18028/rgfc.v11i1.8992\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"Q4\",\"JCRName\":\"BUSINESS, FINANCE\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Gestao Financas e Contabilidade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18028/rgfc.v11i1.8992","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"BUSINESS, FINANCE","Score":null,"Total":0}
GÊNERO E O AMBIENTE ACADÊMICO CONTÁBIL: PERCEPÇÕES DE DOCENTES E DE DISCENTES SOBRE A TRAJETÓRIA DAS MULHERES
Este estudo teve como objetivo comparar as percepções de discentes e de docentes sobre a discriminação de gênero no ambiente acadêmico contábil. A amostra analisada foi composta por 314 respondentes que preencheram um questionário eletrônico, entre estudantes e docentes de programas de pós-graduação stricto sensu em Contabilidade de Instituições de Ensino públicas do Brasil. Recepcionou-se, ainda, 206 respostas para um campo aberto do questionário, em que cerca de 70% das(os) respondentes apontaram que não presenciaram casos de discriminação de gênero durante a trajetória acadêmica. Alguns relatos, no entanto, retomaram aspectos como: ausência de mulheres em cargos de gestão dentro das universidades; agressividade no trato voltado às mulheres acadêmicas; comentários sexistas como “brincadeiras” e discriminação quanto à orientação sexual. Foi possível perceber a naturalização da desigualdade de gênero e o modo como isto afeta as mulheres e os homens que se fazem alheios ao problema, pois muitos discursos notadamente demonstraram a naturalização destas desigualdades e de seus efeitos danosos. Espera-se, com este estudo, contribuir com a área ao fornecer material para se pensar em políticas dentro das universidades, estimular diálogos sobre a temática, que ainda é pouco tratada na literatura contábil, além de estimular novas pesquisas para que seus achados atuem como ferramentas de mudança social.