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A partir da recusa de Dom Quixote em buscar cortes ou cidades, explicitada em um diálogo com Sancho Pança no 21º capítulo da primeira parte do livro de Cervantes, este artigo reflete sobre sua errância, como perambulação pelo descampado, mas também como comportamento não orientado por funções e como identidade em constante invenção. Esta reflexão, com as várias referências filosóficas e literárias que levanta, encontra não uma peculiaridade do cavaleiro manchego, mas uma tensão permanente em nossa cultura, propondo o Quixote como uma reversão do modo a que estamos habituados a lê-la.