Jaime Oliveira, Ana Rita Cerqueira, Joana Silva Monteiro, M. Marques
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A COVID-19 tornou-se a principal hipótese diagnóstica em muitas consultas. Este caso enaltece a necessidade de manter a abordagem holística, característica da Medicina Geral e Familiar. Mulher de 43 anos, com antecedentes de perturbação de ajustamento, fibromialgia e miomas uterinos, habitualmente medicada com: duloxetina; lorazepam; desogestrel. Foi avaliada numa “ADR-Comunidade” por cefaleias, náuseas, disgeusia, odinofagia, tosse, dispneia, mialgias e astenia, sem febre. Foi-lhe prescrito teste para COVID-19 e aconselhadoisolamento. Foi contactada no âmbito do “Trace COVID-19®”, constatando-se esquecimentos na toma do anticoncecional e amenorreia. Equacionou-se uma gravidez, negada pela utente. O teste para COVID-19 deu negativo, todavia, houve agravamento sintomático que motivou referenciação à urgência, onde se diagnosticou uma gravidez de 11 semanas. A COVID-19 mimetiza várias situações clínicas. A desvalorização da amenorreia e a abordagem direcionada na ADR conduziram ao atraso diagnóstico, impossibilitando a interrupção voluntária da gravidez perante uma gravidez não-desejada.