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Conhecimento técnico, redes de circulação e identidade
Ao longo do século XIX, etnólogos e viajantes registraram a utilização de grandes adornos labiais em quartzo entre diferentes grupos indígenas na região do médio Araguaia e médio Xingu. Este artigo foi construído com dados da literatura etnohistórica, de registros museográficos e da análise tecnológica de alguns adornos etnográficos. De acordo com a bibliografia, os Tapirapé, o único grupo tupi daquela região, produziam esses adornos e os trocavam com seus vizinhos Karajá, Kayapó e Xavante, falantes de línguas Jê. Ao evidenciar tais dados, o objetivo é levantar e valorizar dados etnohistóricos e etnográficos que contextualizem esses adornos labiais a respeito do saber técnico mobilizado durante a cadeia operatória de produção, da rede de trocas na qual eles estavam envolvidos e do papel que tinham na construção da identidade cultural dos diferentes grupos sociais.