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Neste artigo, analisamos os fundamentos da sociologia histórica e sua pertinência no estudo da memória coletiva, de modo a elucidar a compreensão do negacionismo e sua incorporação na pesquisa sociológica. Inicialmente, confrontamos a tradição conflitiva da sociologia e resgatamos a formulação da memória individual e coletiva, estabelecendo um ponto de contato entre a macroestrutura e suas microrrelações sociais. A partir disso, identificamos como a concepção de negacionismo pode ser compreendida discursivamente, por meio das disputas pela significação da memória, ainda que em termos de uma apropriação manipuladora e política que se diferencia significativamente do revisionismo histórico. Finalmente, apresentamos alguns resultados de nossa pesquisa sobre a memória e a política de 1968, com vistas a interpretar como o negacionismo se erige na disputa pela memória do passado recente, demarcando um lugar de falseamento e ludibrio da opinião pública.