{"title":"葡萄牙语三种变体的儿童后元音内侧鼻音拼写","authors":"Mariana Müller de Ávila, A. Miranda","doi":"10.5007/1984-8420.2023.e92298","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este estudo descreve e analisa o registro gráfico da nasalidade vocálica em posição medial de palavra por crianças falantes de três variedades do português, a saber, o brasileiro, o europeu e o moçambicano. Tendo em vista as divergências teóricas em relação à existência de vogais nasais no inventário fonológico do português, busca-se investigar em dados de aquisição da escrita como crianças que partilham o mesmo sistema linguístico concebem a nasalidade vocálica. Note-se que, conforme Miranda (2018), o registro gráfico da nasalidade medial é tarefa complexa que se impõe às crianças nos primeiros anos escolares. Neste artigo, são analisados dados extraídos de textos de 1º e 2º anos do ensino fundamental de escolas de ensino público das cidades de Pelotas (Brasil), Porto (Portugal) e Maputo (Moçambique), pertencentes ao Banco de Textos de Aquisição da Linguagem Escrita (BATALE). Os resultados encontrados corroboram a literatura da aquisição fonológica que defende a existência de vogais nasais no inventário infantil, um conhecimento que está na base das escritas alfabéticas iniciais e que, por efeito do contato com forma ortográfica, vai sendo alterado até corresponder à proposta de Camara Jr (1979) para a nasalidade vocálica do sistema adulto do português, isto é, uma vogal oral seguida de uma consoante nasal.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A grafia da nasalidade medial pós-vocálica por crianças de três variedades do português\",\"authors\":\"Mariana Müller de Ávila, A. Miranda\",\"doi\":\"10.5007/1984-8420.2023.e92298\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este estudo descreve e analisa o registro gráfico da nasalidade vocálica em posição medial de palavra por crianças falantes de três variedades do português, a saber, o brasileiro, o europeu e o moçambicano. Tendo em vista as divergências teóricas em relação à existência de vogais nasais no inventário fonológico do português, busca-se investigar em dados de aquisição da escrita como crianças que partilham o mesmo sistema linguístico concebem a nasalidade vocálica. Note-se que, conforme Miranda (2018), o registro gráfico da nasalidade medial é tarefa complexa que se impõe às crianças nos primeiros anos escolares. Neste artigo, são analisados dados extraídos de textos de 1º e 2º anos do ensino fundamental de escolas de ensino público das cidades de Pelotas (Brasil), Porto (Portugal) e Maputo (Moçambique), pertencentes ao Banco de Textos de Aquisição da Linguagem Escrita (BATALE). Os resultados encontrados corroboram a literatura da aquisição fonológica que defende a existência de vogais nasais no inventário infantil, um conhecimento que está na base das escritas alfabéticas iniciais e que, por efeito do contato com forma ortográfica, vai sendo alterado até corresponder à proposta de Camara Jr (1979) para a nasalidade vocálica do sistema adulto do português, isto é, uma vogal oral seguida de uma consoante nasal.\",\"PeriodicalId\":31410,\"journal\":{\"name\":\"Working Papers em Linguistica\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-08-07\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Working Papers em Linguistica\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2023.e92298\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Working Papers em Linguistica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2023.e92298","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A grafia da nasalidade medial pós-vocálica por crianças de três variedades do português
Este estudo descreve e analisa o registro gráfico da nasalidade vocálica em posição medial de palavra por crianças falantes de três variedades do português, a saber, o brasileiro, o europeu e o moçambicano. Tendo em vista as divergências teóricas em relação à existência de vogais nasais no inventário fonológico do português, busca-se investigar em dados de aquisição da escrita como crianças que partilham o mesmo sistema linguístico concebem a nasalidade vocálica. Note-se que, conforme Miranda (2018), o registro gráfico da nasalidade medial é tarefa complexa que se impõe às crianças nos primeiros anos escolares. Neste artigo, são analisados dados extraídos de textos de 1º e 2º anos do ensino fundamental de escolas de ensino público das cidades de Pelotas (Brasil), Porto (Portugal) e Maputo (Moçambique), pertencentes ao Banco de Textos de Aquisição da Linguagem Escrita (BATALE). Os resultados encontrados corroboram a literatura da aquisição fonológica que defende a existência de vogais nasais no inventário infantil, um conhecimento que está na base das escritas alfabéticas iniciais e que, por efeito do contato com forma ortográfica, vai sendo alterado até corresponder à proposta de Camara Jr (1979) para a nasalidade vocálica do sistema adulto do português, isto é, uma vogal oral seguida de uma consoante nasal.