Ceci Maria Costa Baptista Mariani, Valmir Rubia Da Silva
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Da cegueira à “Mística de Olhos Abertos”: Uma análise da poesia de Adélia Prado a partir de Benjamín Gonzáles Buelta e Johann Baptist Metz
Nas obras de Metz e Buelta, deparamo-nos com o conceito de “mistica de olhos abertos”. Metz compreende que, na fe crista, se acha sempre presente uma qualidade que seria a busca pela justica. Resgatando a frase de K. Rahner: “O cristao do futuro ou sera um mistico ou nao sera cristao”, Buelta compreende a mistica como “uma dimensao de toda a vida humana” e, nao, como algo reservado a privilegiados, mesmo que, em algumas de suas expressoes, atinjam niveis de profundidade maior. Citando Metz, Buelta esclarece que, em uma “mistica de olhos abertos”, a percepcao nao se restringe a nos, mas se intensifica no contato com o sofrimento do outro. Este artigo se propoe a apresentar o resultado de uma pesquisa de carater teorico e qualitativo, empregando a pesquisa bibliografica como metodo de trabalho. Com base nos conceitos desenvolvidos por Johann Baptist Metz, a partir de sua obra “Mistica de olhos abertos”, de elementos tambem presentes na obra “Ver ou perecer – Mistica de olhos abertos” de Benjamin Gonzales Buelta e da analise do fenomeno mistico desenvolvida por Juan Martin Velasco, pretende-se elaborar uma analise Teopoetica na perspectiva Mistica de extratos de poesias de Adelia Prado. Pretende-se, em Metz e Buelta, analisar a relacao entre espiritualidade-mistica e secularidade, identificando, nas expressoes poeticas, sinais de transcendencia presentes no seculo que possam caracterizar uma Teopoetica na perspectiva Mistica.