Emanuene Galdino Pires, Paulo Rogério Ferreti Bonan, Tony Santos Peixoto, Bárbara Vanessa de Brito Monteiro, Cassiano Francisco Weege Nonaka, Pollianna Muniz Alves
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Exames imaginológicos evidenciaram lesão hipodensa, multilocular e expansiva que determinava rompimento das corticais ósseas vestibular e palatina da maxila. Sob hipótese diagnóstica de ameloblastoma, foi realizada biópsia incisional. O exame histopatológico revelou múltiplas cavidades císticas revestidas por epitélio não ceratinizado de espessura variável, com células superficiais de morfologia que variava de escamosa a colunar, intercaladas por células mucosas. No revestimento epitelial também foram constatados espessamentos em forma de placa, projeções papilares e espaços microcísticos. Com base nos achados microscópicos, foi estabelecido o diagnóstico conclusivo de COG. O tratamento realizado consistiu em clivagem óssea perilesional, seguida de curetagem e osteoplastia. Doze meses após a remoção cirúrgica da lesão, não foram constatados sinais clínicos ou radiográficos de recidiva.Conclusão: O COG é uma lesão localmente agressiva, cujo diagnóstico diferencial inclui cistos e neoplasias dos ossos gnáticos com comportamentos biológicos diversos. 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Cisto odontogênico glandular em maxila: relato de caso
Introdução: O cisto odontogênico glandular (COG) é uma lesão rara, correspondendo a 0,3% de todos os cistos odontogênicos. O COG é localmente agressivo, acomete com maior frequência a região anterior de mandíbula e compartilha características microscópicas com outras lesões císticas e neoplásicas.Objetivo: Relatar um caso de COG em maxila, abordando suas características clinicopatológicas, diagnóstico diferencial e terapêutica.Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 61 anos de idade, apresentou-se para avaliação de uma tumefação assintomática localizada em maxila, na área dos dentes 11 ao 24. Exames imaginológicos evidenciaram lesão hipodensa, multilocular e expansiva que determinava rompimento das corticais ósseas vestibular e palatina da maxila. Sob hipótese diagnóstica de ameloblastoma, foi realizada biópsia incisional. O exame histopatológico revelou múltiplas cavidades císticas revestidas por epitélio não ceratinizado de espessura variável, com células superficiais de morfologia que variava de escamosa a colunar, intercaladas por células mucosas. No revestimento epitelial também foram constatados espessamentos em forma de placa, projeções papilares e espaços microcísticos. Com base nos achados microscópicos, foi estabelecido o diagnóstico conclusivo de COG. O tratamento realizado consistiu em clivagem óssea perilesional, seguida de curetagem e osteoplastia. Doze meses após a remoção cirúrgica da lesão, não foram constatados sinais clínicos ou radiográficos de recidiva.Conclusão: O COG é uma lesão localmente agressiva, cujo diagnóstico diferencial inclui cistos e neoplasias dos ossos gnáticos com comportamentos biológicos diversos. Levando-se em consideração a possibilidade de recorrência tardia dos COGs, o acompanhamento dos pacientes a longo prazo é de grande valia.