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Domingo tem Abertura: um programa de televisão na cobertura da abertura política no Brasil
O artigo analisa a constituicao do programa Abertura, veiculado pela Rede Tupi, entre fevereiro de 1979 ate maio de 1980. Trata-se de uma experiencia de articulacao politica na TV ao discutir a abertura no exato momento em que esse processo ganhava maior espaco no inicio do governo do general Joao Baptista Figueiredo. O formato de revista, com uma equipe formada por Villas Boas Correa, Sergio Cabral, Fausto Wolf, Roberto D’avila, Ziraldo, Glauber Rocha e outros, inovou na linguagem ao propor uma reflexao jornalistica audiovisual sobre as possibilidades do fim do regime civil-militar. Muitos dos apresentadores estavam ligados ao pensamento de esquerda e discutiram questoes importantes como anistia, exilio, censura, pluripartidarismo e eleicoes diretas para todos os niveis, contribuindo para o processo de luta democratica. A leitura do programa realizada pela imprensa escrita da epoca, e a constituicao de uma autoimagem relacionada ao pioneirismo da iniciativa de lutar pela redemocratizacao do pais na televisao conduzem a uma visao dicotomica, na qual se confrontaram a critica de conteudo e forma e a forca do discurso do Abertura na tentativa de se firmar na memoria politica da midia brasileira Palavras-chave: Imprensa e Politica. Telejornalismo. Ditadura e Ditadores.