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Resumo: Pretende-se neste artigo analisar a noção nietzschiana de filósofo do futuro e sua contribuição para o surgimento do novo homem, tendo em vista, prioritariamente, Além de bem e mal. Para tanto, iniciaremos analisando de que forma esta obra pode ser considerada, segundo a pretensão de seu autor, como uma crítica da modernidade e, consequentemente, de que forma ela se constitui como o manifesto de uma tarefa que Nietzsche define como própria dos filósofos do futuro: a superação do passado, ou seja, das formas metafísicas, dogmáticas e ascéticas que orientaram a filosofia ao longo da história, por meio dos “trabalhadores filosóficos”, que agora devem ceder lugar aos autênticos filósofos, cujas lentes fisiopsicológicas examinam o pensamento como sintoma da saúde ou da doença de seus autores. Com isso, Nietzsche substitui a antiga tarefa do filósofo (buscar a verdade) por uma nova missão (buscar a saúde). Com essa reflexão, acredita-se margear alguns dos problemas centrais da pesquisa do homenageado desse dossiê, prof. Wilson Antonio Frezzatti Jr.