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O estudo foi realizado baseado nos casos de discriminação, violência física e violência psicológica registrados no “Disque 100”, canal de denúncias vinculado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Calculou-se a taxa de violência para cada UF, e que posteriormente foi corrigida pelo Método Bayesiano Empírico Local. Na análise espacial, foram calculados os Índices de Moran Global e Local para verificar a existência de autocorrelação espacial. A região Nordeste do Brasil apresentou maiores taxas de violência contra LGBTQIA+. Cerca de 61,54% das UF que apresentaram maiores taxas de violência possuíam menores Índices de Desenvolvimento Humano do país. O índice global indicou autocorrelação espacial para todos os anos de análise, enquanto o índice local identificou agrupamentos de áreas com valores semelhantes. 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Análise Exploratória de Dados Espaciais da Violência Contra LGBTQIA+ no Brasil
Homofobia é uma violência vivida pela comunidade LGBTQIA+, caracterizada pelo ódio ou aversão a sua manifestação sexual. Essa violência ocorre em diferentes regiões do Brasil, tornando-se importante o conhecimento do índice de casos de homofobia nas Unidades da Federação (UF), possibilitando a realização de estudos estratégicos para a elaboração de políticas, em termos de segurança pública e direitos humanos. O objetivo deste artigo é apresentar, por meio de mapas temáticos, a distribuição espacial dos casos de violência contra LGBTQIA+ no Brasil, no período de 2011 a 2019, realizando análises espaciais com a integração de dados através do Sistema de Informação Geográfica (SIG). O estudo foi realizado baseado nos casos de discriminação, violência física e violência psicológica registrados no “Disque 100”, canal de denúncias vinculado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Calculou-se a taxa de violência para cada UF, e que posteriormente foi corrigida pelo Método Bayesiano Empírico Local. Na análise espacial, foram calculados os Índices de Moran Global e Local para verificar a existência de autocorrelação espacial. A região Nordeste do Brasil apresentou maiores taxas de violência contra LGBTQIA+. Cerca de 61,54% das UF que apresentaram maiores taxas de violência possuíam menores Índices de Desenvolvimento Humano do país. O índice global indicou autocorrelação espacial para todos os anos de análise, enquanto o índice local identificou agrupamentos de áreas com valores semelhantes. Os resultados apresentados neste trabalho evidenciam a importância da utilização do SIG como ferramenta de apoio no planejamento de políticas e ações de segurança pública.