{"title":"疗愈元素中新五旬节教会江湖骗子主义典型话语中的对话关系:水和油","authors":"Flávio de Alencar Matos Júnior","doi":"10.22297/2316-17952023v12e02302","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo objetiva realizar uma análise dialógica das práticas discursivas no momento da apresentação da água e do óleo ungido para cura em igrejas neopentecostais, analisando para isso relações dialógicas entre os enunciados típicos da linguagem charlatanesca e as narrativas bíblicas. Para tal objetivo, selecionamos dois vídeos para compor o nosso corpus: Um vídeo da Igreja Mundial do Poder de Deus, que apresenta a venda de água ungida; outro, da Igreja Universal do Reino de Deus, uma chamada-convite para adquirir o óleo consagrado. Em ambos os vídeos, os elementos são apresentados como intermediadores de cura. A base teórica se fundamenta na interrelação entre a Teoria Dialógica em Bakhtin (2011) e os estudos de Porter (1997) sobre a linguagem charlatanesca. A partir das relações interdiscursivas estabelecidas, ou seja, das relações dialógicas entre os três discursos (o charlatanesco, o bíblico e o religioso, este último analisado a partir do discurso dos líderes religiosos de igrejas classificadas como neopentecostal), pudemos concluir que a composição dos discursos dos líderes, quanto aos elementos de cura - água e óleo -, traz consigo vozes de outros discursos. Essas vozes contribuem tanto para a construção de “fatores milagrosos” em torno dos referidos objetos – por meio da retomada de narrativas bíblicas presentes no imaginário dos fiéis – quanto para sustentar os discursos típicos do charlatanismo.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-06-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Relações dialógicas em discursos típicos do charlatanismo de igrejas neopentecostais em elementos de cura: água e óleo\",\"authors\":\"Flávio de Alencar Matos Júnior\",\"doi\":\"10.22297/2316-17952023v12e02302\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo objetiva realizar uma análise dialógica das práticas discursivas no momento da apresentação da água e do óleo ungido para cura em igrejas neopentecostais, analisando para isso relações dialógicas entre os enunciados típicos da linguagem charlatanesca e as narrativas bíblicas. Para tal objetivo, selecionamos dois vídeos para compor o nosso corpus: Um vídeo da Igreja Mundial do Poder de Deus, que apresenta a venda de água ungida; outro, da Igreja Universal do Reino de Deus, uma chamada-convite para adquirir o óleo consagrado. Em ambos os vídeos, os elementos são apresentados como intermediadores de cura. A base teórica se fundamenta na interrelação entre a Teoria Dialógica em Bakhtin (2011) e os estudos de Porter (1997) sobre a linguagem charlatanesca. A partir das relações interdiscursivas estabelecidas, ou seja, das relações dialógicas entre os três discursos (o charlatanesco, o bíblico e o religioso, este último analisado a partir do discurso dos líderes religiosos de igrejas classificadas como neopentecostal), pudemos concluir que a composição dos discursos dos líderes, quanto aos elementos de cura - água e óleo -, traz consigo vozes de outros discursos. Essas vozes contribuem tanto para a construção de “fatores milagrosos” em torno dos referidos objetos – por meio da retomada de narrativas bíblicas presentes no imaginário dos fiéis – quanto para sustentar os discursos típicos do charlatanismo.\",\"PeriodicalId\":53852,\"journal\":{\"name\":\"Dialogo das Letras\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2023-06-16\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Dialogo das Letras\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.22297/2316-17952023v12e02302\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"0\",\"JCRName\":\"LANGUAGE & LINGUISTICS\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Dialogo das Letras","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22297/2316-17952023v12e02302","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LANGUAGE & LINGUISTICS","Score":null,"Total":0}
Relações dialógicas em discursos típicos do charlatanismo de igrejas neopentecostais em elementos de cura: água e óleo
Este artigo objetiva realizar uma análise dialógica das práticas discursivas no momento da apresentação da água e do óleo ungido para cura em igrejas neopentecostais, analisando para isso relações dialógicas entre os enunciados típicos da linguagem charlatanesca e as narrativas bíblicas. Para tal objetivo, selecionamos dois vídeos para compor o nosso corpus: Um vídeo da Igreja Mundial do Poder de Deus, que apresenta a venda de água ungida; outro, da Igreja Universal do Reino de Deus, uma chamada-convite para adquirir o óleo consagrado. Em ambos os vídeos, os elementos são apresentados como intermediadores de cura. A base teórica se fundamenta na interrelação entre a Teoria Dialógica em Bakhtin (2011) e os estudos de Porter (1997) sobre a linguagem charlatanesca. A partir das relações interdiscursivas estabelecidas, ou seja, das relações dialógicas entre os três discursos (o charlatanesco, o bíblico e o religioso, este último analisado a partir do discurso dos líderes religiosos de igrejas classificadas como neopentecostal), pudemos concluir que a composição dos discursos dos líderes, quanto aos elementos de cura - água e óleo -, traz consigo vozes de outros discursos. Essas vozes contribuem tanto para a construção de “fatores milagrosos” em torno dos referidos objetos – por meio da retomada de narrativas bíblicas presentes no imaginário dos fiéis – quanto para sustentar os discursos típicos do charlatanismo.