{"title":"干预:批判自然地理学","authors":"R. Lave, Matthew W. Wilson, Elizabeth S. Barron","doi":"10.36403/ESPACOABERTO.2019.25397","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Um artigo de opinião, recentemente publicado, reacendeu o debate sobre se a composição interdisciplinar que atualmente existe na área da Geografia é um vestígio da história ou uma atual e potencial fonte de vitalidade intelectual. Neste artigo nós adotamos esta última postura e destacamos os benefícios da integração prolongada da Geografia Física e Geografia Humana crítica. Por razões políticas e pragmáticas, nós denominamos esta área de pesquisa e prática indissociáveis de Geografia Física Crítica (GFC). A GFC combina a atenção crítica às relações de poder com o conhecimento profundo das ciências biofísicas ou tecnológicas a serviço da transformação social e ambiental. Argumentamos que a pesquisa da GFC, quando realizada por indivíduos ou equipes, podem melhorar a qualidade intelectual e expandir a relevância política da Geografia Física e da Humana críticas, dado que é cada vez mais impraticável analisar sistemas naturais e sociais separadamente: as paisagens sociobiofísicas são tanto produto de relações desiguais de poder, do legado histórico do colonialismo e das disparidades raciais e de gênero, quanto de fatores físicos como a hidrologia, ecologia e alterações climáticas. Neste texto, nós apresentamos os trabalhos existentes em GFC, discutimos os principais benefícios de um engajamento crítico integrador na pesquisa, no ensino e na extensão; e oferecemos nossas reflexões coletivas sobre como fazer uma GFC viável.","PeriodicalId":31749,"journal":{"name":"Espaco Aberto","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"Intervenção: Geografia Física Crítica\",\"authors\":\"R. Lave, Matthew W. Wilson, Elizabeth S. Barron\",\"doi\":\"10.36403/ESPACOABERTO.2019.25397\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Um artigo de opinião, recentemente publicado, reacendeu o debate sobre se a composição interdisciplinar que atualmente existe na área da Geografia é um vestígio da história ou uma atual e potencial fonte de vitalidade intelectual. Neste artigo nós adotamos esta última postura e destacamos os benefícios da integração prolongada da Geografia Física e Geografia Humana crítica. Por razões políticas e pragmáticas, nós denominamos esta área de pesquisa e prática indissociáveis de Geografia Física Crítica (GFC). A GFC combina a atenção crítica às relações de poder com o conhecimento profundo das ciências biofísicas ou tecnológicas a serviço da transformação social e ambiental. Argumentamos que a pesquisa da GFC, quando realizada por indivíduos ou equipes, podem melhorar a qualidade intelectual e expandir a relevância política da Geografia Física e da Humana críticas, dado que é cada vez mais impraticável analisar sistemas naturais e sociais separadamente: as paisagens sociobiofísicas são tanto produto de relações desiguais de poder, do legado histórico do colonialismo e das disparidades raciais e de gênero, quanto de fatores físicos como a hidrologia, ecologia e alterações climáticas. Neste texto, nós apresentamos os trabalhos existentes em GFC, discutimos os principais benefícios de um engajamento crítico integrador na pesquisa, no ensino e na extensão; e oferecemos nossas reflexões coletivas sobre como fazer uma GFC viável.\",\"PeriodicalId\":31749,\"journal\":{\"name\":\"Espaco Aberto\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-05-14\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"1\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Espaco Aberto\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.36403/ESPACOABERTO.2019.25397\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Espaco Aberto","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.36403/ESPACOABERTO.2019.25397","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Um artigo de opinião, recentemente publicado, reacendeu o debate sobre se a composição interdisciplinar que atualmente existe na área da Geografia é um vestígio da história ou uma atual e potencial fonte de vitalidade intelectual. Neste artigo nós adotamos esta última postura e destacamos os benefícios da integração prolongada da Geografia Física e Geografia Humana crítica. Por razões políticas e pragmáticas, nós denominamos esta área de pesquisa e prática indissociáveis de Geografia Física Crítica (GFC). A GFC combina a atenção crítica às relações de poder com o conhecimento profundo das ciências biofísicas ou tecnológicas a serviço da transformação social e ambiental. Argumentamos que a pesquisa da GFC, quando realizada por indivíduos ou equipes, podem melhorar a qualidade intelectual e expandir a relevância política da Geografia Física e da Humana críticas, dado que é cada vez mais impraticável analisar sistemas naturais e sociais separadamente: as paisagens sociobiofísicas são tanto produto de relações desiguais de poder, do legado histórico do colonialismo e das disparidades raciais e de gênero, quanto de fatores físicos como a hidrologia, ecologia e alterações climáticas. Neste texto, nós apresentamos os trabalhos existentes em GFC, discutimos os principais benefícios de um engajamento crítico integrador na pesquisa, no ensino e na extensão; e oferecemos nossas reflexões coletivas sobre como fazer uma GFC viável.