{"title":"赫贝托·海尔德诗歌的激情","authors":"J. Carvalho","doi":"10.21814/diacritica.594","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este ensaio analisa o amor na poesia de Herberto Helder, e a sua conceção erótica de poema: transpondo a noção de penetração e fusão para uma teoria de escrita e de leitura. O poema amoroso define-se como reconstrução violenta da amada, como criação da musa que inspira a escrita, num ciclo onanístico. Este afastamento do Outro é a impossibilidade da leitura, e a incessante incitação ao leitor, que nunca conseguirá ler totalmente o poema, e assim o pode continuar a reler, continuando a ser dominado por este instante total de escrita/leitura.","PeriodicalId":33760,"journal":{"name":"Diacritica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-08-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A paixão do poema em Herberto Helder\",\"authors\":\"J. Carvalho\",\"doi\":\"10.21814/diacritica.594\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este ensaio analisa o amor na poesia de Herberto Helder, e a sua conceção erótica de poema: transpondo a noção de penetração e fusão para uma teoria de escrita e de leitura. O poema amoroso define-se como reconstrução violenta da amada, como criação da musa que inspira a escrita, num ciclo onanístico. Este afastamento do Outro é a impossibilidade da leitura, e a incessante incitação ao leitor, que nunca conseguirá ler totalmente o poema, e assim o pode continuar a reler, continuando a ser dominado por este instante total de escrita/leitura.\",\"PeriodicalId\":33760,\"journal\":{\"name\":\"Diacritica\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-08-13\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Diacritica\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.21814/diacritica.594\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"Q3\",\"JCRName\":\"Arts and Humanities\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Diacritica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21814/diacritica.594","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
Este ensaio analisa o amor na poesia de Herberto Helder, e a sua conceção erótica de poema: transpondo a noção de penetração e fusão para uma teoria de escrita e de leitura. O poema amoroso define-se como reconstrução violenta da amada, como criação da musa que inspira a escrita, num ciclo onanístico. Este afastamento do Outro é a impossibilidade da leitura, e a incessante incitação ao leitor, que nunca conseguirá ler totalmente o poema, e assim o pode continuar a reler, continuando a ser dominado por este instante total de escrita/leitura.