Maria Cecília Ferro, Douglas Alexandre Espírito Santo, Ruan Célio Martins Costa
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O diagnóstico histeroscópico confirmou-se em 79,9% dos casos (76,0–83,3%, IC95%) e a prevalência do adenocarcinoma foi de 5,25% (3,7–7,9%, IC95%) em todos os exames. As atipias celulares foram identificadas em hiperplasias glandulares simples ou complexas em 1,9% do total de pólipos endometriais (0,9–3,8%, IC95%). A idade maior ou igual a 51 anos comportou-se como variável fortemente associada à maior prevalência de lesões malignas e pré-malignas, que nesse grupo etário representou 12,2% dos diagnósticos. Comparando-se ao grupo de pacientes com idade entre 41 e 50 anos, a razão de prevalência foi de 2,96, com odds ratio de 3,23. A prevalência de 6,99% de lesões pré-malignas e malignas encontrada na população geral do estudo em pauta justifica a preconização da exérese histeroscópica e o exame histopatológico de todo achado na cavidade endometrial, independentemente do tamanho ou do aspecto macroscópico benigno que o pólipo possa aparentar.","PeriodicalId":30279,"journal":{"name":"Revista da Faculdade de Ciencias Medicas de Sorocaba","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-05-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Estudo anatomopatológico dos pólipos endometriais diagnosticados por histeroscopia\",\"authors\":\"Maria Cecília Ferro, Douglas Alexandre Espírito Santo, Ruan Célio Martins Costa\",\"doi\":\"10.23925/1984-4840.2019v21i4a8\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A incidência de malignidade em formações polipoides do endométrio tem sido estudada recentemente em diversos países, encontrando-se entre 0 e 4,8% na maioria dos trabalhos. 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Estudo anatomopatológico dos pólipos endometriais diagnosticados por histeroscopia
A incidência de malignidade em formações polipoides do endométrio tem sido estudada recentemente em diversos países, encontrando-se entre 0 e 4,8% na maioria dos trabalhos. A crescente utilização da ultrassonografia transvaginal mesmo em mulheres assintomáticas aumentou a frequência desse diagnóstico em nosso meio. Diversos estudos recomendam a exérese e a avaliação histológica de toda a lesão polipoide visualizada no exame histeroscópico para exclusão de malignidade, porém essa abordagem não é consensual, sobretudo quando as pacientes são jovens ou assintomáticas. O presente estudo avaliou 458 resultados de exames anatomopatológicos de pacientes com diagnóstico histeroscópico de pólipo endometrial, admitidas em laboratório de patologia geral. O diagnóstico histeroscópico confirmou-se em 79,9% dos casos (76,0–83,3%, IC95%) e a prevalência do adenocarcinoma foi de 5,25% (3,7–7,9%, IC95%) em todos os exames. As atipias celulares foram identificadas em hiperplasias glandulares simples ou complexas em 1,9% do total de pólipos endometriais (0,9–3,8%, IC95%). A idade maior ou igual a 51 anos comportou-se como variável fortemente associada à maior prevalência de lesões malignas e pré-malignas, que nesse grupo etário representou 12,2% dos diagnósticos. Comparando-se ao grupo de pacientes com idade entre 41 e 50 anos, a razão de prevalência foi de 2,96, com odds ratio de 3,23. A prevalência de 6,99% de lesões pré-malignas e malignas encontrada na população geral do estudo em pauta justifica a preconização da exérese histeroscópica e o exame histopatológico de todo achado na cavidade endometrial, independentemente do tamanho ou do aspecto macroscópico benigno que o pólipo possa aparentar.