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Neoliberalismo, guerra híbrida e a campanha presidencial de 2018
O resultado da última eleição presidencial no Brasil insere-se numa inflexão hiperautoritária do neoliberalismo em escala global, a partir especialmente do referendo do Brexit e da vitória de Trump. No âmbito nacional, ele coroa o processo de crise simultânea da Nova República e do lulismo, que se desdobra em diversas etapas: as Jornadas de Junho, em 2013; a Lava Jato, a partir de 2014; o golpe parlamentar-judicial contra Dilma Rousseff, em 2016; e a campanha de Jair Bolsonaro, em 2018. Tais etapas podem ser consideradas episódios de guerra híbrida, modalidade de luta política que aprofunda o componente de desestabilização característico do neoliberalismo. Neste artigo, com base em pesquisa bibliográfica e observações empíricas, a campanha de Bolsonaro é investigada como manifestação de guerra híbrida, levando em conta a infraestrutura midiática montada, a anomia informacional provocada, as narrativas e afetos mobilizados e a estética do meme utilizada.