Débora Catarina Mota Ferreira, I. Bernardo, M. Costa, A. M. Costa, N. Garrido
{"title":"感知与真实的水能力评估。在北海岸游泳学校的应用","authors":"Débora Catarina Mota Ferreira, I. Bernardo, M. Costa, A. M. Costa, N. Garrido","doi":"10.6063/MOTRICIDADE.23713","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O afogamento mata pelo menos 372000 pessoas por ano em todo o mundo sendo a terceira causa de morte nao intencional. De todas essas mortes mais de metade ocorrem em idades abaixo dos 25 anos, estando dentro das dez principais causas de morte entre individuos com idades compreendidas entre o primeiro ano de vida e os 24 anos. (OMS, 2014). Um estudo realizado (Moran, Stallman, et al., 2012) sobre a percecao que os utentes das piscinas tem da sua competencia aquatica, diz-nos que muitos dos utentes tem uma percecao distorcida daquilo que sao ou nao capazes de fazer dentro de agua. O objetivo geral deste trabalho e avaliar a percecao da competencia aquatica dos alunos e relaciona-la com a competencia real. Sendo os objetivos especificos os seguintes: 1) avaliar a competencia aquatica dos alunos; 2) identificar sub e sobrevalorizacoes na avaliacao da percecao dos alunos da sua competencia aquatica; 3) avaliar a percecao que os professores tem da competencia aquatica dos seus alunos; e 4) comparar a competencia aquatica percecionada com a percecao que os professores tem da competencia aquatica dos seus alunos e com a competencia aquatica real dos alunos. Este estudo foi pensado como forma de avaliar a percecao da competencia aquatica das criancas e seus respetivos professores e fazer a relacao dessa percecao com a competencia real. A forma de avaliacao que utilizamos foi um questionario de escala pictorica de competencia aquatica percecionada, desenhada e testada por (Murcia & Perez, 2008). Esta escala foi posta em pratica com alunos da escola de natacao da piscina municipal de Barcelos, com idades compreendidas entre os 3 e os 7 anos, todos pertencentes ao mesmo nivel de ensino (1o nivel de adaptacao ao meio aquatico sem acompanhamento parental), e seus respetivos professores, que foram tambem questionados sobre a percecao da competencia aquatica(ACAP) dos seus alunos que participaram no estudo. A recolha de dados foi realizada com alunos do nivel A da escola de natacao da piscina municipal de Barcelos, e com os respetivos professores. Apenas tivemos contacto com as criancas cujos pais/encarregados de educacao assinaram o termo de consentimento informado, onde estava explicado todo o processo bem como o objetivo do trabalho. Os questionarios da escala pictorica foram numa primeira fase respondidos pelas criancas e respetivo professores, so posteriormente demos inicio a recolha da competencia aquatica real (CAR), essa recolha foi realizada em contexto de aula dividindo a turma em dois grupos, o grupo de meninos que nao tinham autorizacao para participar no estudo que ficaram com o professor da turma, e o grupo que participaria no estudo teve aula com o avaliador, onde foi realizada a avaliacao da competencia aquatica real. Os dados obtidos em cada uma das fases foram analisados atraves do programa de analise estatistica IBM SPSS Statistics version 24, para a elaboracao do grafico Forest plot usamos o programa GraphPad Prism 8. Foi realizada uma analise exploratoria dos dados com testes de normalidade de Shapiro-Wilk e teste de Levenne para analise da homogeneidade das variâncias. Para analise das diferencas entre as respostas entre os grupos foi executada uma Analise da Variância com um fator. Para analise das comparacoes multiplas foi utilizado o teste de Post-hoc de Bonferroni. Foi considerado o valor de alfa de 0,10. De acordo com os objetivos do presente trabalho, podemos verificar as respostas as questoes do questionario aplicado aos Professores e Alunos, assim como a ACAR, na tabela 1.\n\nPodemos observar que em todas as questoes temos alguma discrepância entre os resultados de cada um dos intervenientes, principalmente em relacao as respostas dos alunos em comparacao com a percecao dos professores e a competencia real. As questoes 1, 3, 5, 6 e 8 apresentam diferencas significativas (p=0.065; p=0.055; p=0.040; p=0.078; p=0.060; respetivamente). Ja as questoes Q2, Q4, Q7, Q9, Q10, mesmo apresentando diferencas nas medias das respostas de cada grupo, nao apresentam valores significativos. Em relacao a comparacao dos valores de resposta entre Aluno, Professor e ACAR, pudemos verificar, apos analise das comparacoes multiplas de Bonferroni, de acordo com o forest plot mostrado na figura 1 que nao houve diferencas significativas entre as respostas nas questoes 1, 2, 4, 6, 7, 9 e 10. Por outro lado, foi possivel observar diferencas na questao 3 (p=0,049) entre Aluno e ACAR, na questao 5 (p=0,043) entre ACAR e professor, e na questao 8 (0,069) entre Aluno e ACAR. Podemos ainda verificar que em Q2, Q3, Q4, Q5, Q6, Q7 e Q9, mesmo sem significância, a diferencas de medias de resposta entre Aluno-Real e positiva, sendo, portanto, os valores dos alunos mais elevados. Ainda que sem significância, a diferenca entre os valores medios das respostas dos professores e da CAR e positiva nas questoes 1, 2, 3, 4, 6 e 8 e negativa em Q9 e Q10. Ja na diferenca das medias de resposta entre Professor-Aluno, sem significância, podemos observar diferencas positivas em Q1, Q4, Q5, Q6 e Q10 e negativas em Q3, Q7, Q8 e Q9.\n\nMoran et al., (2012) , menciona a deficiencia na competencia aquatica como uma das tres principais causas do afogamento em piscinas. Como era esperado, antes da realizacao do estudo, pudemos observar algum tipo de discrepância relativamente a CAP (Competencia Aquatica Percecionada) e a CAR (Competencia Aquatica Real), ainda que nem todas as questoes apresentem valores significativamente diferentes, no caso das questoes 2, 4, 7, 9 e 10, onde mesmo nao apresentando diferencas significativas podemos ver uma pequena discrepância entre cada grupo de intervenientes. As restantes 5 questoes apresentam diferencas significativas entre as medias de cada um dos intervenientes, sendo que a questao 5 foi a que apresentou maior dispersao de resultados sendo a media de respostas dos alunos de 2,2, dos professores 2,3 e a real 1,8 (p=0.040), no que diz respeito a esta questao nao conseguimos ,encontrar literatura que nos ajudasse a justificar tais resultados. Comparando as respostas dadas pelos alunos sobre a percecao da sua competencia com a competencia real obtivemos resultados significativos nas questoes 3 e 8, que vao de encontro a literatura existente, nomeadamente Moran et al., (2012) que refere o facto dos utilizadores de piscinas terem uma competencia distorcida comparada com a realidade e Frias, Costa, e Garrido (2017) que no seu trabalho tambem, mencionam situacoes de sobrevalorizacao da percecao da competencia aquatica por parte do alunos. Sendo a nossa escala de respostas compreendida entre 0 e 3, podemos atraves dos resultados obtidos, concluir que as criancas apresentam competencia superior ao valor medio da nossa escala, estando apenas uma das questoes abaixo de 1,5. Em media as criancas apresentam uma competencia aquatica superior ao que foi avaliado por nos, mesmo que isso nem sempre sejam observaveis valores significativos, como podemos observar na tabela 1 onde sao apresentados os valores medios de resposta das criancas e da ACAR, e conseguimos observar com facilidade que na maior parte das questoes os valores medios de respostas dos alunos e superior aos valores da ACAR. Fazendo a comparacao entre os valores dos tres grupos de intervenientes concluimos que tanto os professores como as criancas tem presente a tendencia para sobrevalorizar as competencias dos mesmos, nomeadamente em 50% das questoes isso aconteceu.","PeriodicalId":53589,"journal":{"name":"Motricidade","volume":"17 1","pages":"21-23"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-02-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Avaliação da competência aquática percecionada versus real. Aplicação no contexto de escolas de natação do litoral norte\",\"authors\":\"Débora Catarina Mota Ferreira, I. Bernardo, M. Costa, A. M. Costa, N. Garrido\",\"doi\":\"10.6063/MOTRICIDADE.23713\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O afogamento mata pelo menos 372000 pessoas por ano em todo o mundo sendo a terceira causa de morte nao intencional. 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Esta escala foi posta em pratica com alunos da escola de natacao da piscina municipal de Barcelos, com idades compreendidas entre os 3 e os 7 anos, todos pertencentes ao mesmo nivel de ensino (1o nivel de adaptacao ao meio aquatico sem acompanhamento parental), e seus respetivos professores, que foram tambem questionados sobre a percecao da competencia aquatica(ACAP) dos seus alunos que participaram no estudo. A recolha de dados foi realizada com alunos do nivel A da escola de natacao da piscina municipal de Barcelos, e com os respetivos professores. Apenas tivemos contacto com as criancas cujos pais/encarregados de educacao assinaram o termo de consentimento informado, onde estava explicado todo o processo bem como o objetivo do trabalho. Os questionarios da escala pictorica foram numa primeira fase respondidos pelas criancas e respetivo professores, so posteriormente demos inicio a recolha da competencia aquatica real (CAR), essa recolha foi realizada em contexto de aula dividindo a turma em dois grupos, o grupo de meninos que nao tinham autorizacao para participar no estudo que ficaram com o professor da turma, e o grupo que participaria no estudo teve aula com o avaliador, onde foi realizada a avaliacao da competencia aquatica real. Os dados obtidos em cada uma das fases foram analisados atraves do programa de analise estatistica IBM SPSS Statistics version 24, para a elaboracao do grafico Forest plot usamos o programa GraphPad Prism 8. Foi realizada uma analise exploratoria dos dados com testes de normalidade de Shapiro-Wilk e teste de Levenne para analise da homogeneidade das variâncias. Para analise das diferencas entre as respostas entre os grupos foi executada uma Analise da Variância com um fator. Para analise das comparacoes multiplas foi utilizado o teste de Post-hoc de Bonferroni. Foi considerado o valor de alfa de 0,10. De acordo com os objetivos do presente trabalho, podemos verificar as respostas as questoes do questionario aplicado aos Professores e Alunos, assim como a ACAR, na tabela 1.\\n\\nPodemos observar que em todas as questoes temos alguma discrepância entre os resultados de cada um dos intervenientes, principalmente em relacao as respostas dos alunos em comparacao com a percecao dos professores e a competencia real. As questoes 1, 3, 5, 6 e 8 apresentam diferencas significativas (p=0.065; p=0.055; p=0.040; p=0.078; p=0.060; respetivamente). Ja as questoes Q2, Q4, Q7, Q9, Q10, mesmo apresentando diferencas nas medias das respostas de cada grupo, nao apresentam valores significativos. 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Ja na diferenca das medias de resposta entre Professor-Aluno, sem significância, podemos observar diferencas positivas em Q1, Q4, Q5, Q6 e Q10 e negativas em Q3, Q7, Q8 e Q9.\\n\\nMoran et al., (2012) , menciona a deficiencia na competencia aquatica como uma das tres principais causas do afogamento em piscinas. Como era esperado, antes da realizacao do estudo, pudemos observar algum tipo de discrepância relativamente a CAP (Competencia Aquatica Percecionada) e a CAR (Competencia Aquatica Real), ainda que nem todas as questoes apresentem valores significativamente diferentes, no caso das questoes 2, 4, 7, 9 e 10, onde mesmo nao apresentando diferencas significativas podemos ver uma pequena discrepância entre cada grupo de intervenientes. As restantes 5 questoes apresentam diferencas significativas entre as medias de cada um dos intervenientes, sendo que a questao 5 foi a que apresentou maior dispersao de resultados sendo a media de respostas dos alunos de 2,2, dos professores 2,3 e a real 1,8 (p=0.040), no que diz respeito a esta questao nao conseguimos ,encontrar literatura que nos ajudasse a justificar tais resultados. Comparando as respostas dadas pelos alunos sobre a percecao da sua competencia com a competencia real obtivemos resultados significativos nas questoes 3 e 8, que vao de encontro a literatura existente, nomeadamente Moran et al., (2012) que refere o facto dos utilizadores de piscinas terem uma competencia distorcida comparada com a realidade e Frias, Costa, e Garrido (2017) que no seu trabalho tambem, mencionam situacoes de sobrevalorizacao da percecao da competencia aquatica por parte do alunos. Sendo a nossa escala de respostas compreendida entre 0 e 3, podemos atraves dos resultados obtidos, concluir que as criancas apresentam competencia superior ao valor medio da nossa escala, estando apenas uma das questoes abaixo de 1,5. Em media as criancas apresentam uma competencia aquatica superior ao que foi avaliado por nos, mesmo que isso nem sempre sejam observaveis valores significativos, como podemos observar na tabela 1 onde sao apresentados os valores medios de resposta das criancas e da ACAR, e conseguimos observar com facilidade que na maior parte das questoes os valores medios de respostas dos alunos e superior aos valores da ACAR. 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Avaliação da competência aquática percecionada versus real. Aplicação no contexto de escolas de natação do litoral norte
O afogamento mata pelo menos 372000 pessoas por ano em todo o mundo sendo a terceira causa de morte nao intencional. De todas essas mortes mais de metade ocorrem em idades abaixo dos 25 anos, estando dentro das dez principais causas de morte entre individuos com idades compreendidas entre o primeiro ano de vida e os 24 anos. (OMS, 2014). Um estudo realizado (Moran, Stallman, et al., 2012) sobre a percecao que os utentes das piscinas tem da sua competencia aquatica, diz-nos que muitos dos utentes tem uma percecao distorcida daquilo que sao ou nao capazes de fazer dentro de agua. O objetivo geral deste trabalho e avaliar a percecao da competencia aquatica dos alunos e relaciona-la com a competencia real. Sendo os objetivos especificos os seguintes: 1) avaliar a competencia aquatica dos alunos; 2) identificar sub e sobrevalorizacoes na avaliacao da percecao dos alunos da sua competencia aquatica; 3) avaliar a percecao que os professores tem da competencia aquatica dos seus alunos; e 4) comparar a competencia aquatica percecionada com a percecao que os professores tem da competencia aquatica dos seus alunos e com a competencia aquatica real dos alunos. Este estudo foi pensado como forma de avaliar a percecao da competencia aquatica das criancas e seus respetivos professores e fazer a relacao dessa percecao com a competencia real. A forma de avaliacao que utilizamos foi um questionario de escala pictorica de competencia aquatica percecionada, desenhada e testada por (Murcia & Perez, 2008). Esta escala foi posta em pratica com alunos da escola de natacao da piscina municipal de Barcelos, com idades compreendidas entre os 3 e os 7 anos, todos pertencentes ao mesmo nivel de ensino (1o nivel de adaptacao ao meio aquatico sem acompanhamento parental), e seus respetivos professores, que foram tambem questionados sobre a percecao da competencia aquatica(ACAP) dos seus alunos que participaram no estudo. A recolha de dados foi realizada com alunos do nivel A da escola de natacao da piscina municipal de Barcelos, e com os respetivos professores. Apenas tivemos contacto com as criancas cujos pais/encarregados de educacao assinaram o termo de consentimento informado, onde estava explicado todo o processo bem como o objetivo do trabalho. Os questionarios da escala pictorica foram numa primeira fase respondidos pelas criancas e respetivo professores, so posteriormente demos inicio a recolha da competencia aquatica real (CAR), essa recolha foi realizada em contexto de aula dividindo a turma em dois grupos, o grupo de meninos que nao tinham autorizacao para participar no estudo que ficaram com o professor da turma, e o grupo que participaria no estudo teve aula com o avaliador, onde foi realizada a avaliacao da competencia aquatica real. Os dados obtidos em cada uma das fases foram analisados atraves do programa de analise estatistica IBM SPSS Statistics version 24, para a elaboracao do grafico Forest plot usamos o programa GraphPad Prism 8. Foi realizada uma analise exploratoria dos dados com testes de normalidade de Shapiro-Wilk e teste de Levenne para analise da homogeneidade das variâncias. Para analise das diferencas entre as respostas entre os grupos foi executada uma Analise da Variância com um fator. Para analise das comparacoes multiplas foi utilizado o teste de Post-hoc de Bonferroni. Foi considerado o valor de alfa de 0,10. De acordo com os objetivos do presente trabalho, podemos verificar as respostas as questoes do questionario aplicado aos Professores e Alunos, assim como a ACAR, na tabela 1.
Podemos observar que em todas as questoes temos alguma discrepância entre os resultados de cada um dos intervenientes, principalmente em relacao as respostas dos alunos em comparacao com a percecao dos professores e a competencia real. As questoes 1, 3, 5, 6 e 8 apresentam diferencas significativas (p=0.065; p=0.055; p=0.040; p=0.078; p=0.060; respetivamente). Ja as questoes Q2, Q4, Q7, Q9, Q10, mesmo apresentando diferencas nas medias das respostas de cada grupo, nao apresentam valores significativos. Em relacao a comparacao dos valores de resposta entre Aluno, Professor e ACAR, pudemos verificar, apos analise das comparacoes multiplas de Bonferroni, de acordo com o forest plot mostrado na figura 1 que nao houve diferencas significativas entre as respostas nas questoes 1, 2, 4, 6, 7, 9 e 10. Por outro lado, foi possivel observar diferencas na questao 3 (p=0,049) entre Aluno e ACAR, na questao 5 (p=0,043) entre ACAR e professor, e na questao 8 (0,069) entre Aluno e ACAR. Podemos ainda verificar que em Q2, Q3, Q4, Q5, Q6, Q7 e Q9, mesmo sem significância, a diferencas de medias de resposta entre Aluno-Real e positiva, sendo, portanto, os valores dos alunos mais elevados. Ainda que sem significância, a diferenca entre os valores medios das respostas dos professores e da CAR e positiva nas questoes 1, 2, 3, 4, 6 e 8 e negativa em Q9 e Q10. Ja na diferenca das medias de resposta entre Professor-Aluno, sem significância, podemos observar diferencas positivas em Q1, Q4, Q5, Q6 e Q10 e negativas em Q3, Q7, Q8 e Q9.
Moran et al., (2012) , menciona a deficiencia na competencia aquatica como uma das tres principais causas do afogamento em piscinas. Como era esperado, antes da realizacao do estudo, pudemos observar algum tipo de discrepância relativamente a CAP (Competencia Aquatica Percecionada) e a CAR (Competencia Aquatica Real), ainda que nem todas as questoes apresentem valores significativamente diferentes, no caso das questoes 2, 4, 7, 9 e 10, onde mesmo nao apresentando diferencas significativas podemos ver uma pequena discrepância entre cada grupo de intervenientes. As restantes 5 questoes apresentam diferencas significativas entre as medias de cada um dos intervenientes, sendo que a questao 5 foi a que apresentou maior dispersao de resultados sendo a media de respostas dos alunos de 2,2, dos professores 2,3 e a real 1,8 (p=0.040), no que diz respeito a esta questao nao conseguimos ,encontrar literatura que nos ajudasse a justificar tais resultados. Comparando as respostas dadas pelos alunos sobre a percecao da sua competencia com a competencia real obtivemos resultados significativos nas questoes 3 e 8, que vao de encontro a literatura existente, nomeadamente Moran et al., (2012) que refere o facto dos utilizadores de piscinas terem uma competencia distorcida comparada com a realidade e Frias, Costa, e Garrido (2017) que no seu trabalho tambem, mencionam situacoes de sobrevalorizacao da percecao da competencia aquatica por parte do alunos. Sendo a nossa escala de respostas compreendida entre 0 e 3, podemos atraves dos resultados obtidos, concluir que as criancas apresentam competencia superior ao valor medio da nossa escala, estando apenas uma das questoes abaixo de 1,5. Em media as criancas apresentam uma competencia aquatica superior ao que foi avaliado por nos, mesmo que isso nem sempre sejam observaveis valores significativos, como podemos observar na tabela 1 onde sao apresentados os valores medios de resposta das criancas e da ACAR, e conseguimos observar com facilidade que na maior parte das questoes os valores medios de respostas dos alunos e superior aos valores da ACAR. Fazendo a comparacao entre os valores dos tres grupos de intervenientes concluimos que tanto os professores como as criancas tem presente a tendencia para sobrevalorizar as competencias dos mesmos, nomeadamente em 50% das questoes isso aconteceu.