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Imaginários universais, racismo e branquitude no Brasil: uma história ainda por contar
A violência racial é frequentemente atribuída a uma espécie de escravagismo atávico. Este ensaio discute essa tese e suas limitações, assim como o silêncio em torno do impacto da Abolição sobre imaginários brancos brasileiros, nas últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX. Examina a narrativa feita por Stuart Hall sobre esse mesmo período em dois textos em que discute a história dos meios de comunicação, apontando as diferenças entre o “imperialismo popular”, cujas origens Hall identifica na propaganda e na imprensa dessa época, e a história política e midiática brasileira. Propõe que um elo perdido, na história da mídia brasileira, importante para a discussão da violência racial, é a eventual influência das grandes exposições universais que foram realizadas na Europa e nos Estados Unidos para comunicar e celebrar as conquistas de novas tecnologias e de diversos imperialismos brancos.