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Trabalhadores Rurais de Évora e Anarquismo na Revolução Republicana
A presença do trabalhador rural no pensamento anarquista português, além de provocar uma discussão da relação entre proletariado rural e proletariado urbano, transpõe conceitos para outro espaço, o rural, cuja realidade social se vai refletir na propaganda desenvolvida pelo anarco-sindicalismo centrado em Lisboa. Em 1912, após o pico das greves rurais das quais a organização sindicalista dos trabalhadores rurais sai violentamente reprimida, as intenções anarquistas em mobilizar os trabalhadores rurais resultam numa «tournée de propaganda» pelo Alentejo que, por sua vez, resultará na constituição da Federação de Trabalhadores Rurais, que publicará o periódico O Trabalhador Rural. Contudo, existirá, de forma clara, no discurso anarquista a dicotomia «camponês vs. operário» que conduzirá todo o pensamento produzido. O pouco conhecimento do meio e do espaço rural, aliado ao progressivo recuo na adesão sindical, irá determinar dificuldades, condicionando o desenvolvimento do anarco-sindicalismo no Alentejo.