Paulo Roberto Ribeiro Marinho, M. Schmidt, Mário Sérgio Vasconcelos
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A pesquisa foi realizada com 20 professores de duas escolas rurais do interior paulista (SP). Os resultados indicaram que os professores vivenciam prazer e sofrimento no trabalho, sendo o sofrimento predominante. As três dimensões em consonância com a percepção dos professores foram avaliadas de modo alarmante, gerando preocupação em relação ao ato pedagógico e à saúde desses trabalhadores, os dados obtidos relevam que as vivências de prazer desses professores estão associadas à própria atividade educacional e ao relacionamento com os alunos, familiares e outros professores. Ao passo que as vivências de sofrimento no trabalho são relativas a exorbitante jornada de trabalho, falta de apoio, dificuldade de acesso às escolas, relacionamento conflituoso com a coordenadora escolar. 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Prazer-sofrimento no trabalho: um estudo de caso com professores de escolas rurais
Este estudo analisa as percepções dos professores que atuam em escolas rurais em relação ao prazer-sofrimento no contexto de trabalho, amparado na teoria da Psicodinâmica do Trabalho. A pesquisa da literatura contemplou trabalhos sobre o mal-estar docente e as contribuições teóricas da psicodinâmica do trabalho para o entendimento das vivências de prazer e de sofrimento no trabalho. O estudo investigou o contexto de trabalho desses professores nas seguintes dimensões: Organização do Trabalho (OT), Condições de Trabalho (CT), Relações Socioprofissionais (RSP) e Prazer-Sofrimento no Trabalho (PST). Trata-se de um estudo qualitativo com delineamento de estudo de caso, em que foram utilizadas entrevistas semiestruturadas e abertas e submetidas à análise de conteúdo. A pesquisa foi realizada com 20 professores de duas escolas rurais do interior paulista (SP). Os resultados indicaram que os professores vivenciam prazer e sofrimento no trabalho, sendo o sofrimento predominante. As três dimensões em consonância com a percepção dos professores foram avaliadas de modo alarmante, gerando preocupação em relação ao ato pedagógico e à saúde desses trabalhadores, os dados obtidos relevam que as vivências de prazer desses professores estão associadas à própria atividade educacional e ao relacionamento com os alunos, familiares e outros professores. Ao passo que as vivências de sofrimento no trabalho são relativas a exorbitante jornada de trabalho, falta de apoio, dificuldade de acesso às escolas, relacionamento conflituoso com a coordenadora escolar. Espera-se, com este estudo, contribuir para o entendimento das vivências de prazer e sofrimento no trabalho e dos reflexos dessas vivências na saúde dos professores.