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Consciência reflexiva, tempo presente, cidade futura: sobre A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade
Tomando como ponto de partida alguns núcleos temáticos identificados pela crítica na obra drummondiana, busca-se discutir o entrelaçamento dos temas do indivíduo e do tempo histórico, visando a apreender a configuração da subjetividade em poemas de A rosa do povo. Assim, o anseio de autoaniquilamento do indivíduo burguês será entendido em sua conexão com a crítica do presente e a expectativa de um futuro redimido, observando-se a posição de classe do sujeito, bem como o caráter histórico e os limites dessa conjunção. No primeiro Drummond domina a tonalidade irônica e humorística, de modo que o sujeito se desdobra e se hipertrofia para consolar as dores de seu eu apequenado, ao passo que, aqui, o consolo ao indivíduo enredado nos impasses políticos do presente parece surgir da promessa iminente de um mundo emancipado. No entanto, a obra subsequente de Drummond mostrará os limites da expectativa futura figurada em A rosa do povo, que não tardaria a defrontar sua frustração histórica.