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Uma vez que o poema de gilgámesh existiu em seu próprio mundo, tanto quanto no nosso, este artigo discute e pertinência de aplicar-lhe o rótulo de épico. Do ponto de vista moderno, essa classificação depende da aproximação com a épica grega arcaica e responde à necessidade de situar o texto num conjunto de gêneros conhecidos, orientando sua recepção. Da perspectiva babilônica antiga, o rótulo épico parece inadequado e proponho que se entenda o poema como a contraparte literária de um narû, do que se chama “autobiografia em terceira pessoa”. Palavras-chave: poema de gilgámesh; épica grega; autobiografia em terceira pessoa.