M. Dahmouche, Sibele Cazelli, Carla Gruzman, Denise Studart, V. F. Guimarães
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A participação na vida sociocultural nas cidades abrange as práticas da tríade museus-lazer-turismo. Esse artigo aborda o público espontâneo que visita museus de ciência no Rio de Janeiro e analisa aspectos da participação das mulheres nesses locais. A pesquisa está ancorada nos estudos de públicos realizados nos espaços museológicos, bem como procura adensar as discussões a partir da perspectiva do lazer. Os dados foram obtidos por meio do questionário de Perfil-Opinião do Observatório de Museus e Centros de Ciência e Tecnologia, na última edição realizada em 2017. Participaram dez museus de ciência, e foi realizada uma amostragem probabilística. Os dados relativos aos 4.606 respondentes foram sistematizados e tratados estatisticamente. Os resultados expressam o potencial de atratividade dos espaços museais, nos quais foi observada a prevalência do “turista cidadão”, que mora e usufrui da cidade, frente ao “turista padrão”. A predominância da presença de mulheres nos museus de ciência investigados, acompanhada principalmente por amigos/as, foi constatada. No entanto, não é possível afirmar o seu protagonismo na definição da agenda cultural. Nota-se a ampliação do papel dessas instituições como espaços de lazer e aprendizado e a permanência de lacunas de políticas públicas para tornar esses espaços mais inclusivos e consolidar o hábito de visita a museus.