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QUANDO OS MAIORES MEDOS NÃO SÃO POSSÍVEIS, SÃO PROVÁVEIS
O presente artigo apresenta as metodologias de conversas, de pesquisa com os cotidianos e de escrevivências que se desenvolveram na pesquisa de doutoramento, junto a questões éticas que enfrentamos ao narrar sobre as criações curriculares com cotidianos de uma escola pública da periferia na Baixada Fluminense/RJ, contemplada pelo Edital FAPERJ de “Apoio à melhoria das escolas da rede pública sediadas no Estado do Rio de Janeiro — 2021” para desenvolvimento do projeto “Linguagens plurais: sons, saberes e sabores”. Educação, democracia, interseccionalidade são tecidas em narrativas como enfrentamento ao capitalismo, ao colonialismo e ao patriarcado, fazendo-se prática de pesquisa, formação e escrita curricular. O texto traz o debate sobre manter o anonimato da escola, de estudantes, de profissionais da educação e da comunidade, questão metodológica que atravessou a pesquisa, o debate com a banca na qualificação e com a orientação sobre a proteção para tempos de ódio. Refletimos sobre o “direito de aparecer” da escola, diante de políticas públicas de controle de currículos como a Base Nacional Comum Curricular, por exemplo, e seguimos apresentando as metodologias de pesquisa com os cotidianos, com as conversas e com a criação literária. A escolapesquisada, desta forma, é tudo isso e não é nada disso.