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Re-pensando a raiva: políticas midiatizadas do corpo ressentido
Este artigo visa a retomar o debate das paixões considerando-as a partir da dimensão política em que certas eclosões passionais podem ser apreendidas. Refere-se especificamente à raiva, que tem sido muito discutida no campo da Ciência Política recentemente, como forma de emancipação política integrada a uma nova partilha do sensível. Buscamos explicar esse contexto de discussões no domínio da semiótica, intentando, ao mesmo tempo, ampliar, nesta, o quadro de discussão dos efeitos de sentido passionais. Apreender a paixão como ato de subjetivação, que implica a presença de um limite do insuportável, coloca em xeque o procedimento da moralização para situá-la em outro nível de sensibilização, o do irrompimento da raiva como dissenso político. Essa problematização dos afetos indóceis permite pensá-los como objeto de uma semiótica implicada em práticas mitigadoras dos danos sociais.