Implementação da Base Nacional Comum Curricular: possibilidades de resistências na utilização das tecnologias no ensino de Geometria

O artigo em tela tem como foco a discussão sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), área de Matemática, no que tange os objetos de conhecimento e habilidades que prescrevem o uso de tecnologias na unidade temática Geometria nos Anos Finais do Ensino Fundamental. Sob as lentes teóricas de Foucault por meio de conceitos como biopoder e dispositivo, foi adotada a cartografia rizomática como procedimento metodológico na tentativa de analisar o documento e discursos de entidades educacionais relevantes, no intuito de vislumbrar possíveis linhas de fuga. Foram estruturadas atividades por meio do software GeoGebra construídas na perspectiva teórica da Insubordinação criativa, como sugestões para promover reflexões e fomentar possíveis processos de resistências no desenvolvimento e organização curricular. Partindo das contribuições teóricas de Foucault, a adoção de outros conceitos de forma híbrida, configuraram-se em lentes que proporcionaram vislumbrar caminhos alternativos para se (re)pensar a utilização de tecnologias digitais na unidade temática Geometria para além das prescrições da BNCC, permitindo um olhar crítico sobre o documento, uma vez que essas teorias pressupõem processos de insubordinação que podem culminar em uma maior potencialização da aprendizagem do estudante.