C. Reis, José Augusto Duarte Lacerda, Aclyse de Mattos
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O artigo apresenta análise do poema “Cocheiro bêbado”, de Rimbaud, tradução de Augusto de Campos. A versão em português potencializa, no plano da expressão, a impressão acústica dos deslocamentos dos personagens no enredo lírico. Mais especificamente, os ruídos, resultantes de figuras sonoras, acento simétrico, periodicidade etc., e alteram sensivelmente o modo de ler os versos. Em uma perspectiva, o poema sinaliza um processo de emancipação do ruído ocorrido tanto na poesia quanto na música, no final do século XIX, espraiando-se pelo XX, e que também culminou na ascensão do status dos sons percussivos. Procederemos a uma introdução teórica sobre os pontos referidos e, em seguida, buscando interação entre a versificação e a oralidade, entre o verso e a música, apresentaremos duas camadas de leitura, a sonoro-rítmica e a estrutural, cada qual com subdivisões específicas – variações – suscitadas pelo poema. Para cada variação apresenta-se uma curta interpretação musical com percussão e respectiva partitura.