{"title":"Teresina Piauí的工作监狱(1850-1880)","authors":"Gleison Costa Monteiro","doi":"10.4013/HIST.2021.252.10","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esse artigo procura apresentar, no contexto da reforma prisional do império do Brasil, as ações das autoridades administrativas provinciais do Piauí para construir, ampliar e estruturar os espaços de encarceramento dos criminosos. Deste modo, utilizamos na pesquisa documentos impressos e manuscritos; são fontes como relatórios provinciais, correspondências entre as autoridades administrativas, policiais e judiciais. As análises empíricas nos revelaram um universo intricado dos homens livres e pobres no interior da província e também serviram de parâmetro para decifrarmos as formas que as autoridades engendraram para conter esse grupo nos seus quefazeres cotidianos, inclusive, encaminhando ao cárcere aqueles que julgavam desordeiros, afim de capacitá-los para o trabalho regular. Em relação aos pressupostos teóricos, nos deram suporte os seguintes autores: Chalhoub (2001), Mariz (2004), Lara e Mendonça (2006), Aguirre (2009), Dantas (2011), Albuquerque Neto e Maia (2011), Trindade (2012), Silva (2014), Cesar (2014), Britto (2018). Com este apoio documental e teórico, procuramos problematizar os discursos de que somente a privação da liberdade poderia tornar os contraventores probos para, posteriormente, serem inseridos ao convívio social. Alia-se a essa narrativa a construção de uma Casa de Prisão com Trabalho, cujo intuito era implantar oficinas no recinto penal e associá-las à instrução para a correção, no sentido de moralizar os detentos, ao mesmo tempo que se buscava com elas desonerar os cofres públicos.","PeriodicalId":42877,"journal":{"name":"Historia Unisinos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-07-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Casa de Prisão com Trabalho em Teresina-Piauí (1850-1880)\",\"authors\":\"Gleison Costa Monteiro\",\"doi\":\"10.4013/HIST.2021.252.10\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Esse artigo procura apresentar, no contexto da reforma prisional do império do Brasil, as ações das autoridades administrativas provinciais do Piauí para construir, ampliar e estruturar os espaços de encarceramento dos criminosos. Deste modo, utilizamos na pesquisa documentos impressos e manuscritos; são fontes como relatórios provinciais, correspondências entre as autoridades administrativas, policiais e judiciais. As análises empíricas nos revelaram um universo intricado dos homens livres e pobres no interior da província e também serviram de parâmetro para decifrarmos as formas que as autoridades engendraram para conter esse grupo nos seus quefazeres cotidianos, inclusive, encaminhando ao cárcere aqueles que julgavam desordeiros, afim de capacitá-los para o trabalho regular. Em relação aos pressupostos teóricos, nos deram suporte os seguintes autores: Chalhoub (2001), Mariz (2004), Lara e Mendonça (2006), Aguirre (2009), Dantas (2011), Albuquerque Neto e Maia (2011), Trindade (2012), Silva (2014), Cesar (2014), Britto (2018). Com este apoio documental e teórico, procuramos problematizar os discursos de que somente a privação da liberdade poderia tornar os contraventores probos para, posteriormente, serem inseridos ao convívio social. Alia-se a essa narrativa a construção de uma Casa de Prisão com Trabalho, cujo intuito era implantar oficinas no recinto penal e associá-las à instrução para a correção, no sentido de moralizar os detentos, ao mesmo tempo que se buscava com elas desonerar os cofres públicos.\",\"PeriodicalId\":42877,\"journal\":{\"name\":\"Historia Unisinos\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2021-07-09\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Historia Unisinos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.4013/HIST.2021.252.10\",\"RegionNum\":4,\"RegionCategory\":\"历史学\",\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"Q3\",\"JCRName\":\"HISTORY\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Historia Unisinos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.4013/HIST.2021.252.10","RegionNum":4,"RegionCategory":"历史学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"HISTORY","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
摘要
本文试图在巴西帝国监狱改革的背景下,介绍piaui省行政当局为建设、扩大和构建罪犯监禁空间所采取的行动。因此,我们在研究中使用印刷和手写文件;这些来源包括省级报告、行政、警察和司法当局之间的通信。的实证分析显示复杂的宇宙的自由和省内部参数进行代码来挥霍殆尽来限制政府的组织形式包括日常quefazeres指引我们去监狱那些以为他们捣乱分子,以便使他们能够稳定的工作。在理论假设方面,我们得到了以下作者的支持:Chalhoub (2001), Mariz (2004), Lara and mendonca (2006), Aguirre (2009), Dantas (2011), Albuquerque Neto and Maia (2011), Trindade (2012), Silva (2014), Cesar (2014), Britto(2018)。在这一文献和理论支持下,我们试图质疑只有剥夺自由才能使违法者随后被插入社会生活的话语。与这种叙述相结合的是建造一个有工作的监狱,其目的是在监狱中部署讲习班,并将它们与纠正的指导联系起来,以提高囚犯的道德,同时寻求减轻公共金库的负担。
Casa de Prisão com Trabalho em Teresina-Piauí (1850-1880)
Esse artigo procura apresentar, no contexto da reforma prisional do império do Brasil, as ações das autoridades administrativas provinciais do Piauí para construir, ampliar e estruturar os espaços de encarceramento dos criminosos. Deste modo, utilizamos na pesquisa documentos impressos e manuscritos; são fontes como relatórios provinciais, correspondências entre as autoridades administrativas, policiais e judiciais. As análises empíricas nos revelaram um universo intricado dos homens livres e pobres no interior da província e também serviram de parâmetro para decifrarmos as formas que as autoridades engendraram para conter esse grupo nos seus quefazeres cotidianos, inclusive, encaminhando ao cárcere aqueles que julgavam desordeiros, afim de capacitá-los para o trabalho regular. Em relação aos pressupostos teóricos, nos deram suporte os seguintes autores: Chalhoub (2001), Mariz (2004), Lara e Mendonça (2006), Aguirre (2009), Dantas (2011), Albuquerque Neto e Maia (2011), Trindade (2012), Silva (2014), Cesar (2014), Britto (2018). Com este apoio documental e teórico, procuramos problematizar os discursos de que somente a privação da liberdade poderia tornar os contraventores probos para, posteriormente, serem inseridos ao convívio social. Alia-se a essa narrativa a construção de uma Casa de Prisão com Trabalho, cujo intuito era implantar oficinas no recinto penal e associá-las à instrução para a correção, no sentido de moralizar os detentos, ao mesmo tempo que se buscava com elas desonerar os cofres públicos.