Ana Christina de Pina Brandão, Antônio Fernandes Júnior
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Do enunciável ao visível e do visível ao enunciável
Gilles Deleuze, em 1985, na Universidade de Paris, num curso intitulado Michel Foucault: As formações históricas, em que ministrou um total de 08 aulas com a proposta de tentar responder o que o que é o saber, procurou mostrá-lo como algo formado a partir de discursos (regimes de enunciados) e a partir do que é visível (as visibilidades), o que, na Arqueologia do Saber, Foucault denominou de campo, sistema ou domínio não-discursivo. Neste artigo, analisamos três imagens de manifestações feministas com o objetivo de tentar ver contra quais tipos de enclausuramentos elas se mobilizaram e se mobilizam. Procuramos, ainda, tentar perceber a força motriz que ilumina essas manifestações, efetuando um processo de conversão do olhar para captar o enunciado e, logo, também, a visibilidade, para refletir sobre a inter-relação do visível com o dizível sobre a condução de condutas das mulheres, produzidas historicamente. A análise atende, pois, aos pressupostos teórico/procedimentais de A Arqueologia do Saber, mas inspirada na leitura de Deleuze sobre a referida obra. Contribuem, também, para as reflexões realizadas, pesquisadores como Margareth Rago, Tânia Navarro Swain, Krüger Junior, dentre outros.