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Metafísica e Moralidade: os fundamentos da ação segundo a Morale par provision de René Descartes
O presente artigo objetiva analisar a existência de uma possível contradição entre a morale par provision e o sistema filosófico cartesiano. Para tanto, primeiro analisaremos a imbricação entre a teoria metafísica e a teoria moral de Descartes, buscando situar o local da morale em seu edifício filosófico. Neste primeiro momento, também tentaremos engendrar o problema aqui proposto, configurado a partir da pergunta: ao aderir ao uso da opinião em sua morale, Descartes não abriria margem para um possível paradoxo entre o desenvolvimento de seu sistema de Filosofia e a sua morale par provision? Depois, apresentaremos o conteúdo da morale, analisando separadamente cada uma das três máximas que a compõem. Isto feito, buscaremos evidenciar a natureza racional da moral cartesiana. Ao fim do trabalho, pretendemos dissipar o aparente paradoxo ao defender a tese de que o conteúdo das três máximas da morale par provision (moderação, resolução e felicidade) conferem a ela uma natureza racional, o que torna justificado o uso de opiniões, que, mesmo sem possuir um valor de clareza, distinção e evidência, ainda assim são úteis para o desenvolvimento da investigação filosófica, o que coloca a morale na condição de ser um fator imprescindível ao desenvolvimento da filosofia cartesiana.