新冠肺炎大流行期间葡萄牙一家中心医院的空气过敏原皮下免疫疗法

Q4 Medicine
M. Silva, A. S. Santos, E. Pedro
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Objetivo: Caracterizar os ajustes de dose de acordo com o atraso na administração da ITSCA, verificar a segurança da dose administrada no retomar da ITSCA e avaliar o agravamento de sintomas da doença alérgica nos doentes sob programa de ITSCA que a interromperam durante o EE. Material e métodos: Procedeu-se à análise dos processos clínicos de ITSCA dos 195 doentes que interromperam a dose de manutenção durante o EE. De acordo com a clínica e intervalo de atraso, foi reduzida a dose ou realizado novo esquema de iniciação, segundo o protocolo da Unidade Funcional de Imunoterapia com Alergénios adaptado de guidelines internacionais para esta fase. Resultados: 7,7% tiveram agravamento dos sintomas alérgicos durante o período de suspensão e 6,2% recorreram a terapêutica de resgate. 96,4% diminuíram a dose na retoma da ITSCA, com diminuição maioritariamente superior à prevista à luz do nosso protocolo. Registaram-se reações locais imediatas em 9,2%, não se tendo registado reações anafiláticas. Após a retoma, 9,7% agravaram os sintomas e 5,1% recorreram a terapêutica de resgate. Conclusões: A pandemia trouxe muita dificuldade no acompanhamento das patologias crónicas dos doentes, inclusivamente da doença alérgica. A maioria dos doentes não reportou agravamento dos sintomas e poucos tiveram reações adversas na retoma da ITSCA, demonstrando a segurança do protocolo de ajuste de dose.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-09-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Imunoterapia subcutânea com aeroalergénios num hospital central em Portugal durante a pandemia de COVID-19\",\"authors\":\"M. Silva, A. S. Santos, E. 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摘要

简介:过敏性疾病,过敏性鼻结膜炎/支气管哮喘,在世界范围内非常普遍,潜在的改良疗法是用空气过敏原进行免疫治疗。2019年12月,中国发现了一种新型冠状病毒(严重急性呼吸系统综合征冠状病毒2型),引发了一场具有毁灭性影响的大流行病。因此,在2020年3月18日至5月2日期间,葡萄牙在这场疫情中首次宣布进入紧急状态,我们医院暂停了所有非紧急活动,包括使用空气过敏原进行皮下免疫治疗(ITSCA)。目的:描述根据ACSI给药延迟进行的剂量调整,验证给药剂量在恢复ACSI中的安全性,并评估在EE期间停用ACSI的ACSI项目患者过敏性疾病症状的恶化情况。材料和方法:分析195名在EE期间停止维持剂量的ACSI患者的临床过程。根据临床实践和延迟间隔,根据功能性变态反应免疫治疗单位改编自该阶段国际指南的方案,减少剂量或实施新的起始方案。结果:7.7%的患者在停药期间过敏症状加重,6.2%的患者采取抢救性治疗。恢复ACSI时,96.4%的患者的剂量减少,减少幅度大多大于我们方案下的预期。9.2%的患者报告立即出现局部反应,没有过敏反应报告。康复后,9.7%的患者症状恶化,5.1%的患者采取抢救性治疗。结论:疫情给监测包括过敏性疾病在内的患者慢性疾病带来了巨大困难。大多数患者没有报告症状恶化,很少有患者在ACSI恢复时出现不良反应,这表明了剂量调整方案的安全性。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Imunoterapia subcutânea com aeroalergénios num hospital central em Portugal durante a pandemia de COVID-19
Introdução: A doença alérgica, rinoconjuntivite/asma brônquica alérgicas, são muito prevalentes em todo o mundo, e a terapêutica potencialmente modificadora é a imunoterapia com aerolergénios. Em dezembro de 2019 foi identificado um novo coronavírus na China (SARS-CoV-2), causando uma pandemia com efeitos devastadores. Por este motivo foi decretado o estado de emergência (EE) em Portugal pela primeira vez nesta pandemia, entre 18 de março e 2 maio de 2020 e toda a atividade não urgente foi suspensa no nosso hospital, incluindo a administração da imunoterapia subcutânea com aeroalergénios (ITSCA). Objetivo: Caracterizar os ajustes de dose de acordo com o atraso na administração da ITSCA, verificar a segurança da dose administrada no retomar da ITSCA e avaliar o agravamento de sintomas da doença alérgica nos doentes sob programa de ITSCA que a interromperam durante o EE. Material e métodos: Procedeu-se à análise dos processos clínicos de ITSCA dos 195 doentes que interromperam a dose de manutenção durante o EE. De acordo com a clínica e intervalo de atraso, foi reduzida a dose ou realizado novo esquema de iniciação, segundo o protocolo da Unidade Funcional de Imunoterapia com Alergénios adaptado de guidelines internacionais para esta fase. Resultados: 7,7% tiveram agravamento dos sintomas alérgicos durante o período de suspensão e 6,2% recorreram a terapêutica de resgate. 96,4% diminuíram a dose na retoma da ITSCA, com diminuição maioritariamente superior à prevista à luz do nosso protocolo. Registaram-se reações locais imediatas em 9,2%, não se tendo registado reações anafiláticas. Após a retoma, 9,7% agravaram os sintomas e 5,1% recorreram a terapêutica de resgate. Conclusões: A pandemia trouxe muita dificuldade no acompanhamento das patologias crónicas dos doentes, inclusivamente da doença alérgica. A maioria dos doentes não reportou agravamento dos sintomas e poucos tiveram reações adversas na retoma da ITSCA, demonstrando a segurança do protocolo de ajuste de dose.
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Revista Portuguesa de Imunoalergologia
Revista Portuguesa de Imunoalergologia Medicine-Immunology and Allergy
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