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As narrativas dos participantes e suas falas mobilizadas no processo formativo foram analisadas com base no método histórico-genético e no paradigma indiciário. A análise dos dados permitiu inferir que o modo como alguns educadores compreendem a escolarização de alunos com TEA está relacionado a concepções de desenvolvimento humano e de deficiência que valorizam apenas os aspectos biológicos, as quais têm sustentado práticas escolares homogeneizadoras. Entretanto, também foram encontrados indícios de que há educadores que têm buscado promover mudanças no processo de ensino e aprendizagem que atendam às necessidades dos alunos com TEA, pautando seu trabalho por concepções que consideram a interação entre fatores biológicos, culturais, sociais e individuais na constituição do indivíduo. 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Concepções que fundamentam os sentidos atribuídos por educadores à inclusão escolar de alunos com transtorno do espectro do autismo
Este artigo tem como foco a formação de professores e de outros profissionais da educação que atuam na escolarização de alunos com transtorno do espectro do autismo (TEA). É apresentado um estudo desenvolvido com o objetivo de identificar e analisar, no processo de formação de educadores, indícios das relações entre os sentidos atribuídos por eles à inclusão escolar de alunos com TEA e as concepções de desenvolvimento humano e de deficiência. Esse estudo integra uma pesquisa-formação, na qual as narrativas autobiográficas foram empregadas como instrumento investigativo e formativo. Durante cinco meses, foram realizados dez encontros de formação on-line, dos quais participaram 29 educadores de uma escola estadual de educação básica. As narrativas dos participantes e suas falas mobilizadas no processo formativo foram analisadas com base no método histórico-genético e no paradigma indiciário. A análise dos dados permitiu inferir que o modo como alguns educadores compreendem a escolarização de alunos com TEA está relacionado a concepções de desenvolvimento humano e de deficiência que valorizam apenas os aspectos biológicos, as quais têm sustentado práticas escolares homogeneizadoras. Entretanto, também foram encontrados indícios de que há educadores que têm buscado promover mudanças no processo de ensino e aprendizagem que atendam às necessidades dos alunos com TEA, pautando seu trabalho por concepções que consideram a interação entre fatores biológicos, culturais, sociais e individuais na constituição do indivíduo. Ao possibilitarem a expressão de diferentes concepções, as narrativas autobiográficas mostraram-se potencializadoras de reflexões a respeito dos sentidos atribuídos à inclusão escolar de alunos com TEA.