J. Silva, Jandara Assis de Oliveira Andrade, Gabrielle Leite Dos Santos, Maria da Penha Casado Alves
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Na tentativa de aprofundar o debate, discussões acerca de cultura da convergência e da antropologia especulativa apontadas por Jenkins (2009) e Nodari (2015) juntam-se ao arcabouço teórico. Por fim, a pesquisa demonstrou elementos estilísticos que caracterizam e diferenciam a fanfic de outros gêneros romanescos e como sua prática é vetor de experimentação identitária para aqueles que a produzem.\nREFERÊNCIAS\nA. MHADHBI. Estudo da ONU revela que mundo tem abismo digital de gênero. ONU News: Perspectiva Global Reportagens Humanas. nov. 2019. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2019/11/1693711. Acesso em: 12 jul. 2021.\nBAKHTIN, Mikhail M. Os gêneros do discurso. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: 34, 2016.\nBAKHTIN, Mikhail M. Cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 2015a.\nBAKHTIN, Mikhail M. Problemas da poética de Dostoievski. Tradução Paulo Bezerra. 5. ed. 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ESTILÍSTICA DO LEITOR COROADO: SUBVERSÃO E CARNAVALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DO GÊNERO DISCURSIVO FANFICTION
Este trabalho analisa a fanfic como prática literária de experimentação em que os valores, questões e identidades dos autores são refletidas e refratadas para suas narrativas. Para tanto, compreende a fanfiction como produção escriturística realizada por sujeitos fãs, em fandoms, motivada pela relação emotivo-volitiva de afetividade desses sujeitos com um texto matriz. Para alcançar nossos objetivos, fazemos uso dos postulados advindos de Bakhtin (2015a; 2015b; 2015c), sobretudo referente à discussão de signo, ideologia, gêneros discursivos, carnavalização, coroação-destronamento e reelaboração. Na tentativa de aprofundar o debate, discussões acerca de cultura da convergência e da antropologia especulativa apontadas por Jenkins (2009) e Nodari (2015) juntam-se ao arcabouço teórico. Por fim, a pesquisa demonstrou elementos estilísticos que caracterizam e diferenciam a fanfic de outros gêneros romanescos e como sua prática é vetor de experimentação identitária para aqueles que a produzem.
REFERÊNCIAS
A. MHADHBI. Estudo da ONU revela que mundo tem abismo digital de gênero. ONU News: Perspectiva Global Reportagens Humanas. nov. 2019. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2019/11/1693711. Acesso em: 12 jul. 2021.
BAKHTIN, Mikhail M. Os gêneros do discurso. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: 34, 2016.
BAKHTIN, Mikhail M. Cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 2015a.
BAKHTIN, Mikhail M. Problemas da poética de Dostoievski. Tradução Paulo Bezerra. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2015b.
BAKHTIN, Mikhail M. Teoria do romance I: a estilística. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: 34, 2015c.
BAKHTIN, Mikhail M. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BENJAMIM, W. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: ______. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras escolhidas. São Paulo: Brasiliense, 1987. v. 1.
JAMISON, Anne. Fic: porque a fanfiction está dominando o mundo. Tradução Marcelo Barbão. Rio de Janeiro: Anfiteatro, 2017.
JENKINS, Henry. Invasores do texto: fãs e cultura participativa. Tradução Érico Assis. Nova Iguaçu: Marsupial, 2015.
JENKINS, H. Cultura da convergência. Tradução Susana L. de Alexandria. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009.
KUNDERA, Milan. A arte do romance. Tradução Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
MEYER, Stephenie. Crepúsculo. Tradução Ryta Vinagre. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2009.