{"title":"菲律宾书信中的罗马公民身份——与约瑟夫·康布林的对话","authors":"Valter Luiz Lara","doi":"10.23925/rct.i0.45260","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo visa a refletir a interpretacao que Jose Comblin oferece sobre a situacao que motivou Paulo de Tarso ao escrever a Epistola aos Filipenses. Trata-se nao apenas da retomada do trabalho do mestre Comblin publicado em 1985 como comentario a Epistola, mas de um dialogo que abre novas possibilidade de compreensao do contexto nao so de Paulo, mas da propria comunidade a quem ele escreve. O objetivo e demonstrar como o autor entende a prisao de Paulo e o que pode acontecer com ele naquele contexto imediato. Alem da possibilidade dessa motivacao primeira, cujo centro e a possibilidade do uso da cidadania romana que Paulo, naquele momento, pressupostamente poderia apresentar para “escapar” do martirio, procuramos acrescentar outros elementos do contexto sociologico dos destinatarios da carta: a nova vida em Cristo dos filipenses precisa enfrentar as tensoes de uma cidade orgulhosa por ostentar o status de colonia romana. A situacao imediata de Paulo prisioneiro e, sem duvida, motivacao importante de um dos tres bilhetes que compoem o conjunto da Epistola. Entretanto, a realidade de conflito social, vivida pela comunidade ao enfrentar o modelo sociocultural de desigualdade dominante, explica o carater da exortacao etica em torno da unidade (Fl 2,1-5) e o modelo cristologico apresentado como criterio para viver o exemplo de Jesus que se fez escravo (Fl 2,6-11). Ambos, seguimento de Jesus e o novo modelo de relacionamento humano, sao as marcas da identidade crista que deve prevalecer como testemunho frente aos de fora.","PeriodicalId":40681,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teologica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2019-11-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"Cidadania Romana na Epístola aos Filipenses: um diálogo com José Comblin\",\"authors\":\"Valter Luiz Lara\",\"doi\":\"10.23925/rct.i0.45260\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O presente artigo visa a refletir a interpretacao que Jose Comblin oferece sobre a situacao que motivou Paulo de Tarso ao escrever a Epistola aos Filipenses. Trata-se nao apenas da retomada do trabalho do mestre Comblin publicado em 1985 como comentario a Epistola, mas de um dialogo que abre novas possibilidade de compreensao do contexto nao so de Paulo, mas da propria comunidade a quem ele escreve. O objetivo e demonstrar como o autor entende a prisao de Paulo e o que pode acontecer com ele naquele contexto imediato. Alem da possibilidade dessa motivacao primeira, cujo centro e a possibilidade do uso da cidadania romana que Paulo, naquele momento, pressupostamente poderia apresentar para “escapar” do martirio, procuramos acrescentar outros elementos do contexto sociologico dos destinatarios da carta: a nova vida em Cristo dos filipenses precisa enfrentar as tensoes de uma cidade orgulhosa por ostentar o status de colonia romana. A situacao imediata de Paulo prisioneiro e, sem duvida, motivacao importante de um dos tres bilhetes que compoem o conjunto da Epistola. Entretanto, a realidade de conflito social, vivida pela comunidade ao enfrentar o modelo sociocultural de desigualdade dominante, explica o carater da exortacao etica em torno da unidade (Fl 2,1-5) e o modelo cristologico apresentado como criterio para viver o exemplo de Jesus que se fez escravo (Fl 2,6-11). Ambos, seguimento de Jesus e o novo modelo de relacionamento humano, sao as marcas da identidade crista que deve prevalecer como testemunho frente aos de fora.\",\"PeriodicalId\":40681,\"journal\":{\"name\":\"Revista de Cultura Teologica\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2019-11-19\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"1\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista de Cultura Teologica\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.23925/rct.i0.45260\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"0\",\"JCRName\":\"RELIGION\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Cultura Teologica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.23925/rct.i0.45260","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"RELIGION","Score":null,"Total":0}
Cidadania Romana na Epístola aos Filipenses: um diálogo com José Comblin
O presente artigo visa a refletir a interpretacao que Jose Comblin oferece sobre a situacao que motivou Paulo de Tarso ao escrever a Epistola aos Filipenses. Trata-se nao apenas da retomada do trabalho do mestre Comblin publicado em 1985 como comentario a Epistola, mas de um dialogo que abre novas possibilidade de compreensao do contexto nao so de Paulo, mas da propria comunidade a quem ele escreve. O objetivo e demonstrar como o autor entende a prisao de Paulo e o que pode acontecer com ele naquele contexto imediato. Alem da possibilidade dessa motivacao primeira, cujo centro e a possibilidade do uso da cidadania romana que Paulo, naquele momento, pressupostamente poderia apresentar para “escapar” do martirio, procuramos acrescentar outros elementos do contexto sociologico dos destinatarios da carta: a nova vida em Cristo dos filipenses precisa enfrentar as tensoes de uma cidade orgulhosa por ostentar o status de colonia romana. A situacao imediata de Paulo prisioneiro e, sem duvida, motivacao importante de um dos tres bilhetes que compoem o conjunto da Epistola. Entretanto, a realidade de conflito social, vivida pela comunidade ao enfrentar o modelo sociocultural de desigualdade dominante, explica o carater da exortacao etica em torno da unidade (Fl 2,1-5) e o modelo cristologico apresentado como criterio para viver o exemplo de Jesus que se fez escravo (Fl 2,6-11). Ambos, seguimento de Jesus e o novo modelo de relacionamento humano, sao as marcas da identidade crista que deve prevalecer como testemunho frente aos de fora.