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Os glossários são pouco discutidos nos Estudos da Tradução embora sejam uma ferramenta valiosa, pois representam um poderoso instrumento para o leitor. No glossário, podemos ver como quem traduz negocia sentidos, tornando esse paratexto um importante espaço ético-decisional de criação de significados, além de poder estabelecer uma relação dialógica entre o texto/cultura de partida e o texto/cultura de chegada. Por isso, este artigo verifica como os glossários são tratados nas abordagens paratextuais, para apresentar a análise de um caso específico, isto é, os glossários das edições italianas de Suor e da edição “I Meridiani” Jorge Amado: Romanzi (2002), a partir das teorizações de Batchelor (2018), Genette (2009), Tahir-Gürçağlar (2002), Kovala (1996) e das teorias pós-coloniais da tradução presentes em Robinson (2014) e Tymoczko (2006).