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NOSSAS LÍNGUAS SÃO CRIOULAS OU "A" LÍNGUA NÃO HÁ: MITO? VERDADE? OU INTERPRETAÇÃO?
Compreendemos mito e verdade como interpretação, isto é, discurso, aqui definido como efeito de sentido entre interlocutores (Pêcheux, 1997). A partir do tema proposto neste número, refletimos discursivamente sobre o conceito de língua crioula pelas relações entre línguas no espaço simbólico de Cabo Verde, país membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Questionamos o modo como a sociolinguística, ao conceituar língua crioula, atualiza a memória do mito da língua de origem, pura, e significa como variação linguística as diferentes materialidades das línguas cabo-verdiana e portuguesa, silenciando, neste espaço, o político constitutivo da tensa e incontornável relação unidade/diversidade.