Aislan Camargo Maciera, L. Massi, C. S. Leonardo Júnior
{"title":"普里莫·列维的反乌托邦科幻小说和新型冠状病毒:技术的形式成瘾","authors":"Aislan Camargo Maciera, L. Massi, C. S. Leonardo Júnior","doi":"10.5902/1679849x63959","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A pandemia do novo coronavírus tornou corrente a ideia de que estamos vivendo uma distopia. Instigados por essa ideia, exploramos neste ensaio o potencial de textos de ficção científica distópica para tensionar a noção de verdade científica ao omitir informações e gerar incertezas sobre a realidade, envolvendo artefatos tecnológicos que condicionam as possibilidades de vida e sociabilidade, como na novela A máquina parou de E. M. Forster. A partir do conto “Proteção” da obra Vício de forma de Primo Levi — judeu, químico e sobrevivente da Shoá —, discutimos sua percepção de ciência e estabelecemos um paralelo com nosso contexto abordando a tecnologia como cerceamento da liberdade e da verdade e como ampliação que limita a vida humana. Esperamos que esse ensaio contribua para que esse subgênero literário siga cumprindo o papel de nos alertar para os perigos iminentes da nossa sociedade.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-06-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A ficção científica distópica de Primo Levi e o novo coronavírus: o vício de forma da tecnologia\",\"authors\":\"Aislan Camargo Maciera, L. Massi, C. S. Leonardo Júnior\",\"doi\":\"10.5902/1679849x63959\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A pandemia do novo coronavírus tornou corrente a ideia de que estamos vivendo uma distopia. Instigados por essa ideia, exploramos neste ensaio o potencial de textos de ficção científica distópica para tensionar a noção de verdade científica ao omitir informações e gerar incertezas sobre a realidade, envolvendo artefatos tecnológicos que condicionam as possibilidades de vida e sociabilidade, como na novela A máquina parou de E. M. Forster. A partir do conto “Proteção” da obra Vício de forma de Primo Levi — judeu, químico e sobrevivente da Shoá —, discutimos sua percepção de ciência e estabelecemos um paralelo com nosso contexto abordando a tecnologia como cerceamento da liberdade e da verdade e como ampliação que limita a vida humana. Esperamos que esse ensaio contribua para que esse subgênero literário siga cumprindo o papel de nos alertar para os perigos iminentes da nossa sociedade.\",\"PeriodicalId\":40985,\"journal\":{\"name\":\"Literatura e Autoritarismo\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2022-06-10\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Literatura e Autoritarismo\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5902/1679849x63959\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"0\",\"JCRName\":\"LITERATURE\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Literatura e Autoritarismo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5902/1679849x63959","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LITERATURE","Score":null,"Total":0}
A ficção científica distópica de Primo Levi e o novo coronavírus: o vício de forma da tecnologia
A pandemia do novo coronavírus tornou corrente a ideia de que estamos vivendo uma distopia. Instigados por essa ideia, exploramos neste ensaio o potencial de textos de ficção científica distópica para tensionar a noção de verdade científica ao omitir informações e gerar incertezas sobre a realidade, envolvendo artefatos tecnológicos que condicionam as possibilidades de vida e sociabilidade, como na novela A máquina parou de E. M. Forster. A partir do conto “Proteção” da obra Vício de forma de Primo Levi — judeu, químico e sobrevivente da Shoá —, discutimos sua percepção de ciência e estabelecemos um paralelo com nosso contexto abordando a tecnologia como cerceamento da liberdade e da verdade e como ampliação que limita a vida humana. Esperamos que esse ensaio contribua para que esse subgênero literário siga cumprindo o papel de nos alertar para os perigos iminentes da nossa sociedade.