{"title":"文学与反抗:文学领域沉默之前的破碎力量","authors":"Marina Du bois e Souza","doi":"10.5902/1679849x68014","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A partir do levantamento realizado por Regina Dalcastagnè sobre o perfil do escritor brasileiro, pretende-se problematizar os silenciamentos e critérios de elegibilidade do campo literário, que culminam numa produção literária majoritariamente branca, heterossexual e masculina. Esta prevalência resulta numa adjetivação de literaturas que não se enquadram nesse padrão -literatura feminina, negra, indígena, LGBT, marginal e periférica-, na medida em que se pressupõe como universal a literatura canônica. Dialogando com as problematizações levantadas por Dalcastagnè, no segundo momento, o artigo trabalhará com os movimentos de resistência da literatura marginal, que abre vão a despeito do circuito de publicação das grandes editoras. Serão analisados brevemente dois saraus de importância emblemática nesse processo de descentralização, a Cooperifa em São Paulo e o Coletivoz em Belo Horizonte, que fazem circular a força da literatura marginal em suas escrevivências. ","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-01-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Literatura e resistência: a força da quebrada diante dos silenciamentos do campo literário\",\"authors\":\"Marina Du bois e Souza\",\"doi\":\"10.5902/1679849x68014\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A partir do levantamento realizado por Regina Dalcastagnè sobre o perfil do escritor brasileiro, pretende-se problematizar os silenciamentos e critérios de elegibilidade do campo literário, que culminam numa produção literária majoritariamente branca, heterossexual e masculina. Esta prevalência resulta numa adjetivação de literaturas que não se enquadram nesse padrão -literatura feminina, negra, indígena, LGBT, marginal e periférica-, na medida em que se pressupõe como universal a literatura canônica. Dialogando com as problematizações levantadas por Dalcastagnè, no segundo momento, o artigo trabalhará com os movimentos de resistência da literatura marginal, que abre vão a despeito do circuito de publicação das grandes editoras. Serão analisados brevemente dois saraus de importância emblemática nesse processo de descentralização, a Cooperifa em São Paulo e o Coletivoz em Belo Horizonte, que fazem circular a força da literatura marginal em suas escrevivências. \",\"PeriodicalId\":40985,\"journal\":{\"name\":\"Literatura e Autoritarismo\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2022-01-13\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Literatura e Autoritarismo\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5902/1679849x68014\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"0\",\"JCRName\":\"LITERATURE\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Literatura e Autoritarismo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5902/1679849x68014","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LITERATURE","Score":null,"Total":0}
Literatura e resistência: a força da quebrada diante dos silenciamentos do campo literário
A partir do levantamento realizado por Regina Dalcastagnè sobre o perfil do escritor brasileiro, pretende-se problematizar os silenciamentos e critérios de elegibilidade do campo literário, que culminam numa produção literária majoritariamente branca, heterossexual e masculina. Esta prevalência resulta numa adjetivação de literaturas que não se enquadram nesse padrão -literatura feminina, negra, indígena, LGBT, marginal e periférica-, na medida em que se pressupõe como universal a literatura canônica. Dialogando com as problematizações levantadas por Dalcastagnè, no segundo momento, o artigo trabalhará com os movimentos de resistência da literatura marginal, que abre vão a despeito do circuito de publicação das grandes editoras. Serão analisados brevemente dois saraus de importância emblemática nesse processo de descentralização, a Cooperifa em São Paulo e o Coletivoz em Belo Horizonte, que fazem circular a força da literatura marginal em suas escrevivências.