{"title":"美学的溶解和阻力","authors":"Kelvin Falcão Klein","doi":"10.20396/remate.v41i1.8662046","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo deste ensaio é propor uma reflexão teórica acerca das relações possíveis entre o estilo paratático e a estética, compreendida como disciplina e horizonte de experimentação artística. Para tanto, o recurso ao estilo paratático é rastreado em uma série de textos e autores, começando com Hayden White (1971, 1973, 1980), passando por Hal Foster (1996), Georges Didi-Huberman (1998), Jacques Rancière (2003), até chegar nas reflexões de Reinaldo Laddaga sobre a estética da emergência (2006) e a estética de laboratório (2010), e nas elaborações de Ivan Jablonka acerca do “terceiro continente” (2016). O estilo paratático é mobilizado como dispositivo de resistência à dissolução do estético, organizado a partir de três linhas de fuga simultâneas e complementares: preocupação com a montagem (de temporalidades e referências); reivindicação de um presente instável (um ponto de vista contingente que recusa a totalidade); e abertura da cronologia em prol de uma fabricação da história (como defesa da dimensão plástica e maleável do próprio devir histórico).\n ","PeriodicalId":32941,"journal":{"name":"Remate de Males","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Dissolução do estético e resistência\",\"authors\":\"Kelvin Falcão Klein\",\"doi\":\"10.20396/remate.v41i1.8662046\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O objetivo deste ensaio é propor uma reflexão teórica acerca das relações possíveis entre o estilo paratático e a estética, compreendida como disciplina e horizonte de experimentação artística. Para tanto, o recurso ao estilo paratático é rastreado em uma série de textos e autores, começando com Hayden White (1971, 1973, 1980), passando por Hal Foster (1996), Georges Didi-Huberman (1998), Jacques Rancière (2003), até chegar nas reflexões de Reinaldo Laddaga sobre a estética da emergência (2006) e a estética de laboratório (2010), e nas elaborações de Ivan Jablonka acerca do “terceiro continente” (2016). O estilo paratático é mobilizado como dispositivo de resistência à dissolução do estético, organizado a partir de três linhas de fuga simultâneas e complementares: preocupação com a montagem (de temporalidades e referências); reivindicação de um presente instável (um ponto de vista contingente que recusa a totalidade); e abertura da cronologia em prol de uma fabricação da história (como defesa da dimensão plástica e maleável do próprio devir histórico).\\n \",\"PeriodicalId\":32941,\"journal\":{\"name\":\"Remate de Males\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2021-06-23\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Remate de Males\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.20396/remate.v41i1.8662046\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"0\",\"JCRName\":\"LITERARY THEORY & CRITICISM\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Remate de Males","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/remate.v41i1.8662046","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LITERARY THEORY & CRITICISM","Score":null,"Total":0}
O objetivo deste ensaio é propor uma reflexão teórica acerca das relações possíveis entre o estilo paratático e a estética, compreendida como disciplina e horizonte de experimentação artística. Para tanto, o recurso ao estilo paratático é rastreado em uma série de textos e autores, começando com Hayden White (1971, 1973, 1980), passando por Hal Foster (1996), Georges Didi-Huberman (1998), Jacques Rancière (2003), até chegar nas reflexões de Reinaldo Laddaga sobre a estética da emergência (2006) e a estética de laboratório (2010), e nas elaborações de Ivan Jablonka acerca do “terceiro continente” (2016). O estilo paratático é mobilizado como dispositivo de resistência à dissolução do estético, organizado a partir de três linhas de fuga simultâneas e complementares: preocupação com a montagem (de temporalidades e referências); reivindicação de um presente instável (um ponto de vista contingente que recusa a totalidade); e abertura da cronologia em prol de uma fabricação da história (como defesa da dimensão plástica e maleável do próprio devir histórico).