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A TEOLOGIA DE JÜRGEN MOLTMANN E A PSICANÁLISE DE FREUD
O presente artigo parte do princípio que o sofrimento divino é, para Moltmann, reconhecer a humanidade de Deus – pré-requisito para uma compreensão madura da religião. Assim, as pessoas que permanecem apegadas a rituais obsessivos, que obedecem a uma religiosidade caricatural, são as que não atingiram a maturidade necessária para discernir entre o que é saudável e o que é neurótico, não entendendo Deus em sua totalidade. Abandonar essa religiosidade caricatural, assim como as ilusões e obsessões, é o único caminho possível para que o ser humano encontre a plenitude. À medida que o indivíduo amadurece e consegue superar suas conflituosas relações de ordem edipiana, indo ao encontro de sua maturidade psicológica, ele descobre-se capaz de vencer a onipotência (imatura, presumida) para encontrar-se com sua própria finitude, reconciliando-se com Deus. Assim, apesar das grandes diferenças entre a teologia e a psicanálise, acreditamos que existem entre elas convergências importantes, e que uma colaboração mútua se faz necessária.