Programas de fungicidas no controle de antracnose na cultura da soja

Antracnose causada por espécies de Colletotrichum é uma das principais doenças da soja no Brasil. O objetivo foi avaliar programas de fungicidas no controle de antracnose e produtividade na cultura da soja, em experimento realizado na safra 2018/2019 em Lucas do Rio Verde – MT; utilizando cv. Monsoy 8210 IPRO com 20% de inoculação de sementes com Colletotrichum truncatum. O delineamento experimental foi blocos ao acaso com quatro repetições e aplicação de nove programas de fungicidas aos 30, 45 e 60 dias após a semeadura (DAS). Avaliou-se Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD), incidência de sintomas em vagens, número de vagens/plantas, desfolha, massa de mil grãos, produtividade e sanidade de grãos. A inoculação do patógeno reduziu o estande de plantas e número de plantas com cotilédones. Os programas de fungicidas reduziram incidência e severidade de antracnose na parte aérea das plantas em R5.3 e R5.5. O programa trifloxistrobina+ciproconazol (30 DAS) e trifloxistrobina+protioconazol+mancozebe (45 e 60 DAS) apresentou menor incidência de sintomas de antracnose em vagens. Os programas de fungicidas reduziram a desfolha no estádio fenológico R6. O programa piraclostrobina+epoxiconazol (30 DAS), fluxapiroxade+piraclostrobina +oxicloreto de cobre (45 DAS) e epoxiconazol+fluxapiroxade+ piraclostrobina+ oxicloreto de cobre (60 DAS); programa com trifloxistrobina+ciproconazol (30 DAS) e trifloxistrobina+protioconazol+mancozebe (45 e 60 DAS); e programa com propiconazol+difenoconazol (30 DAS), difeconazol+ciproconazol+clorotalonil (45 DAS) e azoxistrobina+benzovindiflupir+difeconazol+ciproconazol (60 DAS), reduziram a AACPD de antracnose. Maiores valores de produtividade e peso de mil sementes foram obtidos com o programa trifloxistrobina+ciproconazol (30 DAS) e trifloxistrobina+protioconazol+mancozebe (45 e 60 DAS).