{"title":"“征服女孩…”:巴西和卢西塔尼亚葡萄牙语中的Desgarrison和Prosody","authors":"Aline Silvestre","doi":"10.5007/1984-8420.2018V19N2P168","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo, estuda-se o comportamento prosódico de orações adverbiais desgarradas no Português Brasileiro (PB) e no Português Europeu (PE), sendo utilizados o arcabouço teórico da Fonologia Prosódica (Nespor; Vogel, 1994) e da Fonologia Entoacional (Pierrehumbert 1980, Ladd 1996). Foram analisados 1800 dados de leitura (900 de cada variedade do português) e feitas aferições de duas pistas prosódicas: contorno melódico e duração das sílabas no fim do sintagma entoacional (IP). Os resultados revelam que o desgarramento na língua falada parece ser licenciado, primordialmente, tanto em PB quanto em PE, pela maior duração nas sílabas finais do IP. Para o PB, além da variação fonética dada pelo comportamento duracional das últimas sílabas do IP, o desgarramento é caracterizado por um padrão melódico diferente do verificado nas orações adverbiais anexadas à oração núcleo (majoritariamente, L+H*L% para as não desgarradas e L+H*H% para as desgarradas), o que sugere o fato de, para além da variação fonética, o fenômeno constituir um padrão fonológico diverso no português brasileiro.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-03-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"https://sci-hub-pdf.com/10.5007/1984-8420.2018V19N2P168","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"\\\"Pra conquistar a garota...\\\": Desgarramento e Prosódia nas variedades brasileira e lusitana do português\",\"authors\":\"Aline Silvestre\",\"doi\":\"10.5007/1984-8420.2018V19N2P168\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Neste artigo, estuda-se o comportamento prosódico de orações adverbiais desgarradas no Português Brasileiro (PB) e no Português Europeu (PE), sendo utilizados o arcabouço teórico da Fonologia Prosódica (Nespor; Vogel, 1994) e da Fonologia Entoacional (Pierrehumbert 1980, Ladd 1996). Foram analisados 1800 dados de leitura (900 de cada variedade do português) e feitas aferições de duas pistas prosódicas: contorno melódico e duração das sílabas no fim do sintagma entoacional (IP). Os resultados revelam que o desgarramento na língua falada parece ser licenciado, primordialmente, tanto em PB quanto em PE, pela maior duração nas sílabas finais do IP. Para o PB, além da variação fonética dada pelo comportamento duracional das últimas sílabas do IP, o desgarramento é caracterizado por um padrão melódico diferente do verificado nas orações adverbiais anexadas à oração núcleo (majoritariamente, L+H*L% para as não desgarradas e L+H*H% para as desgarradas), o que sugere o fato de, para além da variação fonética, o fenômeno constituir um padrão fonológico diverso no português brasileiro.\",\"PeriodicalId\":31410,\"journal\":{\"name\":\"Working Papers em Linguistica\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-03-27\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"https://sci-hub-pdf.com/10.5007/1984-8420.2018V19N2P168\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Working Papers em Linguistica\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2018V19N2P168\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Working Papers em Linguistica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2018V19N2P168","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
"Pra conquistar a garota...": Desgarramento e Prosódia nas variedades brasileira e lusitana do português
Neste artigo, estuda-se o comportamento prosódico de orações adverbiais desgarradas no Português Brasileiro (PB) e no Português Europeu (PE), sendo utilizados o arcabouço teórico da Fonologia Prosódica (Nespor; Vogel, 1994) e da Fonologia Entoacional (Pierrehumbert 1980, Ladd 1996). Foram analisados 1800 dados de leitura (900 de cada variedade do português) e feitas aferições de duas pistas prosódicas: contorno melódico e duração das sílabas no fim do sintagma entoacional (IP). Os resultados revelam que o desgarramento na língua falada parece ser licenciado, primordialmente, tanto em PB quanto em PE, pela maior duração nas sílabas finais do IP. Para o PB, além da variação fonética dada pelo comportamento duracional das últimas sílabas do IP, o desgarramento é caracterizado por um padrão melódico diferente do verificado nas orações adverbiais anexadas à oração núcleo (majoritariamente, L+H*L% para as não desgarradas e L+H*H% para as desgarradas), o que sugere o fato de, para além da variação fonética, o fenômeno constituir um padrão fonológico diverso no português brasileiro.