Aline Soares De Souza, Juliana Bueno Macedo, Thiago Fernandes Pinto, Laion Rodrigo do Amaral Gonzaga, M. Pereira, Márcia Isabel Bittencourt
{"title":"新冠肺炎患者出院后出现运动性氧合血红蛋白不饱和度的心肺和代谢康复效果:病例系列","authors":"Aline Soares De Souza, Juliana Bueno Macedo, Thiago Fernandes Pinto, Laion Rodrigo do Amaral Gonzaga, M. Pereira, Márcia Isabel Bittencourt","doi":"10.17267/2238-2704rpf.2023.e4887","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: A dessaturação da oxihemoglobina induzida pelo exercício em pacientes pós-COVID-19 parece estar associada à redução da difusão e dos volumes pulmonares, à maior dispneia e baixa capacidade funcional, sendo relacionada à maior mortalidade e pior prognóstico. A reabilitação cardiopulmonar e metabólica (RCPM) é relevante, pois visa restaurar a funcionalidade, tolerância ao esforço e a qualidade de vida (QV). OBJETIVO: Verificar os efeitos da RCPM em pacientes que apresentaram dessaturação da oxihemoglobina induzida pelo exercício após alta hospitalar pela COVID-19 e ainda observar a diferença entre os treinamentos contínuo de moderada intensidade (TCMI) e o intervalado de alta intensidade (TIAI) na tolerância ao esforço, nos sintomas e na QV. MÉTODOS: Trata-se do relato de uma série de 4 casos que foram hospitalizados por COVID-19 e que após alta hospitalar apresentaram dessaturação da oxihemoglobina induzida pelo esforço durante o teste do degrau de 6 minutos (TD6). Os pacientes foram avaliados por meio de espirometria de repouso, mensuração da força da musculatura inspiratória, TD6, teste da caminhada de 6 minutos (TC6), teste de repetições máximas do quadríceps e bíceps braquial e responderam ao questionário SF-36 de QV. Submetidos a um protocolo de treinamento contendo treino da musculatura inspiratória e treino resistido para grandes grupos musculares, adicionalmente, 2 pacientes fizeram TCMI (com 60-80% da frequência cárdica de reserva (FCR)) e 2 TIAI (com 40% da FCR na fase off, durante 4 minutos e 80 a 100%, na fase on, durante 2 minutos) em esteira por 30 minutos e, por fim, após 3 meses foram reavaliados. RESULTADOS: Observou-se aumento da tolerância ao esforço, da força muscular inspiratória e periférica, além da melhora da QV e redução dos sintomas em todos os pacientes após a RCPM, porém houve incrementos maiores nos pacientes submetidos ao TIAI comparados ao TCMI na distância percorrida em metros (caso 1- 156 (23% de incremento); caso 3 - 168 (40%)) versus (caso 2 e 4 - 60 metros, com incrementos de 9% e 14%, respectivamente) e maior número de degraus (caso 1- 28 (23% de aumento); caso 3- 37 (34%)) versus (caso 2 – 2 (2% incremento); caso 4 - 15 (21%)). CONCLUSÃO: A RCPM apresentou efeitos positivos, com incremento da capacidade funcional e melhora da QV, além da redução dos sintomas durante o esforço, particularmente nos pacientes submetidos ao TIAI.","PeriodicalId":36370,"journal":{"name":"Revista Pesquisa em Fisioterapia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-03-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Efeito da reabilitação cardiopulmonar e metabólica em pacientes que apresentaram dessaturação da oxihemoglobina induzida pelo exercício após alta hospitalar pela COVID-19: série de casos\",\"authors\":\"Aline Soares De Souza, Juliana Bueno Macedo, Thiago Fernandes Pinto, Laion Rodrigo do Amaral Gonzaga, M. Pereira, Márcia Isabel Bittencourt\",\"doi\":\"10.17267/2238-2704rpf.2023.e4887\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"INTRODUÇÃO: A dessaturação da oxihemoglobina induzida pelo exercício em pacientes pós-COVID-19 parece estar associada à redução da difusão e dos volumes pulmonares, à maior dispneia e baixa capacidade funcional, sendo relacionada à maior mortalidade e pior prognóstico. A reabilitação cardiopulmonar e metabólica (RCPM) é relevante, pois visa restaurar a funcionalidade, tolerância ao esforço e a qualidade de vida (QV). OBJETIVO: Verificar os efeitos da RCPM em pacientes que apresentaram dessaturação da oxihemoglobina induzida pelo exercício após alta hospitalar pela COVID-19 e ainda observar a diferença entre os treinamentos contínuo de moderada intensidade (TCMI) e o intervalado de alta intensidade (TIAI) na tolerância ao esforço, nos sintomas e na QV. MÉTODOS: Trata-se do relato de uma série de 4 casos que foram hospitalizados por COVID-19 e que após alta hospitalar apresentaram dessaturação da oxihemoglobina induzida pelo esforço durante o teste do degrau de 6 minutos (TD6). Os pacientes foram avaliados por meio de espirometria de repouso, mensuração da força da musculatura inspiratória, TD6, teste da caminhada de 6 minutos (TC6), teste de repetições máximas do quadríceps e bíceps braquial e responderam ao questionário SF-36 de QV. Submetidos a um protocolo de treinamento contendo treino da musculatura inspiratória e treino resistido para grandes grupos musculares, adicionalmente, 2 pacientes fizeram TCMI (com 60-80% da frequência cárdica de reserva (FCR)) e 2 TIAI (com 40% da FCR na fase off, durante 4 minutos e 80 a 100%, na fase on, durante 2 minutos) em esteira por 30 minutos e, por fim, após 3 meses foram reavaliados. RESULTADOS: Observou-se aumento da tolerância ao esforço, da força muscular inspiratória e periférica, além da melhora da QV e redução dos sintomas em todos os pacientes após a RCPM, porém houve incrementos maiores nos pacientes submetidos ao TIAI comparados ao TCMI na distância percorrida em metros (caso 1- 156 (23% de incremento); caso 3 - 168 (40%)) versus (caso 2 e 4 - 60 metros, com incrementos de 9% e 14%, respectivamente) e maior número de degraus (caso 1- 28 (23% de aumento); caso 3- 37 (34%)) versus (caso 2 – 2 (2% incremento); caso 4 - 15 (21%)). CONCLUSÃO: A RCPM apresentou efeitos positivos, com incremento da capacidade funcional e melhora da QV, além da redução dos sintomas durante o esforço, particularmente nos pacientes submetidos ao TIAI.\",\"PeriodicalId\":36370,\"journal\":{\"name\":\"Revista Pesquisa em Fisioterapia\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-03-03\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Pesquisa em Fisioterapia\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.2023.e4887\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"Q4\",\"JCRName\":\"Health Professions\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Pesquisa em Fisioterapia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.2023.e4887","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Health Professions","Score":null,"Total":0}
Efeito da reabilitação cardiopulmonar e metabólica em pacientes que apresentaram dessaturação da oxihemoglobina induzida pelo exercício após alta hospitalar pela COVID-19: série de casos
INTRODUÇÃO: A dessaturação da oxihemoglobina induzida pelo exercício em pacientes pós-COVID-19 parece estar associada à redução da difusão e dos volumes pulmonares, à maior dispneia e baixa capacidade funcional, sendo relacionada à maior mortalidade e pior prognóstico. A reabilitação cardiopulmonar e metabólica (RCPM) é relevante, pois visa restaurar a funcionalidade, tolerância ao esforço e a qualidade de vida (QV). OBJETIVO: Verificar os efeitos da RCPM em pacientes que apresentaram dessaturação da oxihemoglobina induzida pelo exercício após alta hospitalar pela COVID-19 e ainda observar a diferença entre os treinamentos contínuo de moderada intensidade (TCMI) e o intervalado de alta intensidade (TIAI) na tolerância ao esforço, nos sintomas e na QV. MÉTODOS: Trata-se do relato de uma série de 4 casos que foram hospitalizados por COVID-19 e que após alta hospitalar apresentaram dessaturação da oxihemoglobina induzida pelo esforço durante o teste do degrau de 6 minutos (TD6). Os pacientes foram avaliados por meio de espirometria de repouso, mensuração da força da musculatura inspiratória, TD6, teste da caminhada de 6 minutos (TC6), teste de repetições máximas do quadríceps e bíceps braquial e responderam ao questionário SF-36 de QV. Submetidos a um protocolo de treinamento contendo treino da musculatura inspiratória e treino resistido para grandes grupos musculares, adicionalmente, 2 pacientes fizeram TCMI (com 60-80% da frequência cárdica de reserva (FCR)) e 2 TIAI (com 40% da FCR na fase off, durante 4 minutos e 80 a 100%, na fase on, durante 2 minutos) em esteira por 30 minutos e, por fim, após 3 meses foram reavaliados. RESULTADOS: Observou-se aumento da tolerância ao esforço, da força muscular inspiratória e periférica, além da melhora da QV e redução dos sintomas em todos os pacientes após a RCPM, porém houve incrementos maiores nos pacientes submetidos ao TIAI comparados ao TCMI na distância percorrida em metros (caso 1- 156 (23% de incremento); caso 3 - 168 (40%)) versus (caso 2 e 4 - 60 metros, com incrementos de 9% e 14%, respectivamente) e maior número de degraus (caso 1- 28 (23% de aumento); caso 3- 37 (34%)) versus (caso 2 – 2 (2% incremento); caso 4 - 15 (21%)). CONCLUSÃO: A RCPM apresentou efeitos positivos, com incremento da capacidade funcional e melhora da QV, além da redução dos sintomas durante o esforço, particularmente nos pacientes submetidos ao TIAI.