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Resistências e oposições na direita radical ao hispanismo de António Sardinha
A importância capital do “hispanismo” no pensamento de António Sardinha (1887-1925) encontra-se hoje bem avaliada pela historiografia portuguesa. Como muitos outros tópicos da obra de António Sardinha, esse seu “hispanismo” não deixou de suscitar polémicas, resistências, violentas oposições, mas também longas fidelidades. O presente artigo estuda pois a receção crítica do “hispanismo”, centrando-se naqueles que foram os mais propícios a alimentar a discussão do hispanismo: os círculos da direita radical portuguesa do século XX. Partindo das últimas observações em 1924 de Sardinha aos críticos da sua obra hispânica, o artigo enfoca as resistências surgidas no seio do próprio Integralismo lusitano, nas violentas oposições de Alfredo Pimenta e sobretudo de Franco Nogueira, assim como nos argumentos dos fiéis defensores do hispanismo. Tudo isso num lapso de tempo que acabou por se estender dos anos 1920 ao início da década de 1970. Desta forma, o presente artigo mostra como a receção crítica do “hispanismo” acabou por alimentar disputas e interrogações importantes da direita radical: qual o estatuto de Sardinha no pensamento político português da primeira metade do século XX? “Precursor genial” ou “mito fugaz”? E, mais importante ainda, qual a influência do legado intelectual de Sardinha no Estado Novo e, particularmente, na política luso-espanhola dos anos 1930-1940?