Crise dos processos civilizatórios, Amazônia e universidade

Nós propomos repensar o projeto universitário de Darcy Ribeiro no momento atual de crise dos processos civilizatórios e do retorno da rota transamazônica, começada pela ditadura brasileira, entre os anos sessenta e setenta, cujo lema era: “uma terra sem homens para homens sem-terra”. Nesse sentido, precisamos revisar a concepção dos sujeitos intervenientes e, ao mesmo tempo, compreender as fissuras da modernidade, dos processos civilizatórios que transformaram a Amazônia até a atual revolução 4.0, como nova modalidade de capitalismo desumanizador e excludente. Pois bem, aos danos ambientais, causados pela depredação dos recursos naturais, junta-se à ausência de um modelo universitário que dê respostas às urgentes necessidades sociais naquela região do planeta, de uma imensa riqueza natural e, ao mesmo tempo, das maiores desigualdades do Brasil. Por isso, a partir de uma releitura interpretativa dos textos do intelectual, que realizou suas primeiras tarefas como antropólogo junto aos indígenas amazônicos, Nós nos fazemos a pergunta que ele mesmo fez: universidade, para quê?