Alex Niche Teixeira, E. Fernandes, Marcelo Kunrath Silva
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O tema deste artigo são as disputas travadas por veículos midiáticos na cobertura a ações de movimentos sociais. Busca-se, empiricamente, identificar os enquadramentos interpretativos construídos por três jornais (Zero Hora, Diário Gaúcho e Sul21) sobre o ciclo de protestos de 2013, em Porto Alegre/RS. Metodologicamente, foi construído um banco de dados com todas as publicações de cada jornal, na cobertura ao ciclo de manifestações, bem como foram entrevistados(as) jornalistas responsáveis pela produção do conteúdo dessas publicações. A partir da análise de dados, formulou-se uma tipologia dos enquadramentos interpretativos adotados em diferentes momentos do ano. A análise cronológica denotou disputas entre esses diferentes modelos de cobertura, com a constituição de um “campo de batalha” interpretativo. Conclusivamente, (a) afirma-se a necessidade de estudos que identifiquem o enquadramento midiático como processo interativo e (b) questiona-se a parcela da teoria que assume que os enquadramentos midiáticos teriam necessariamente uma valoração “negativa” em relação ao ativismo.